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Crise da FTX derruba para metade volume de negócios nas plataformas cripto


Volume médio diário negociado caiu de US$ 26,7 bilhões para US$ 13,1 bilhões de outubro para dezembro segundo dados da Kaiko Os volumes de negociação nas exchanges de ativos digitais caíram pela metade em meio à crise de confiança no setor cripto após o colapso da plataforma FTX de Sam Bankman-Fried.

O volume médio diário negociado caiu para US$ 13,1 bilhões na semana encerrada em 11 de dezembro, contra US$ 26,7 bilhões nos sete dias até 30 de outubro, de acordo com cálculos da Bloomberg com base em dados da empresa de pesquisa Kaiko.

A falência da FTX começou a abalar o setor cripto desde o início de novembro e ainda está causando contágio. Bankman-Fried foi preso e acusado de fraude por supostamente se apropriar indevidamente de bilhões de dólares em dinheiro de clientes.

A queda nos volumes de negociação pode, em parte, refletir investidores temerosos retirando suas moedas das plataformas cripto e antecipando uma pausa na derrocada de US$ 2 trilhões em ativos digitais desde o pico em novembro de 2021.

“O público teme que mais plataformas quebrem e retiraram ativos das exchanges em massa”, disse Hayden Hughes, diretor executivo da plataforma de negociação social Alpha Impact. “Empresas de negociação e formadores de mercado também retiraram ativos, o que significa menor volume geral.”

Os números da Kaiko abrangem plataformas que representam a maioria das negociações de ativos virtuais, incluindo Binance, Bitfinex, Coinbase, OKX e Kraken. Essas plataformas centralizadas assumem a custódia dos ativos dos clientes, enquanto as rivais descentralizados, que são muito menores, deixam a custódia dos tokens com os proprietários.

A guarda de tokens é um tema de intenso debate na sombra da FTX. Mas as bolsas descentralizadas - chamadas de DEXs - também sofreram: seus volumes médios diários caíram cerca de 44%, para US$ 1,5 bilhão na semana encerrada em 11 de dezembro, de US$ 2,6 bilhões em 24 a 30 de outubro, segundo dados da DefiLlama.

Entre os desafios está o fato de que “a experiência do usuário e a execução em DEXs são muito diferentes das exchanges centralizadas”, disse Katie Talati, diretora de pesquisa da especialista em ativos digitais Arca.

Bitcoin (BTC), ether (ETH) e um medidor dos 100 principais tokens caíram mais de 60% este ano, o que está se tornando um dos piores períodos de todos os tempos para as criptomoedas.

O aperto rápido da política monetária minou o ardor especulativo e desencadeou uma série de quebras em criptoativos, deixando muitos analistas inseguros sobre que tipo de futuro está por vir para os ativos digitais.

--Com assistência de Sidhartha Shukla.

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