A casa caiu para uma agente da Polícia Civil de Alagoas (PC/AL) que, certa da impunidade, fraudou o sistema financeiro e comandou um esquema que desviou recursos destinados ao custeio do ticket alimentação da própria polícia investigativa. A mulher, presa em flagrante durante a Operação Oplatek, nesta quinta-feira (26), desviou verbas da instituição entre os anos de 2014 e 2024.
De acordo com o delegado-geral, Igor Diego, a servidora atuava com a destinação de verbas de alimentação dos policiais, quando encontrou uma "brecha no sistema" e começou a desviar o dinheiro. O rombo causado pelo esquema criminoso aos cofres públicos pode chegar a R$ 7,5 milhões.
"Ela assumiu e confessou que desde 2014 verificou que existia a possibilidade de cadastrar os parentes. Inicialmente, eles recebiam os valores normais de qualquer servidor da Polícia Civil [ cerca de mil reais ], no entanto, ela foi ganhando confiança ao longo dos anos sem que essa prática tenha sido descoberta e, a partir de 2020, passou a aumentar esses valore, ao ponto de que agora, em 2024, cada parente estava recebendo cerca de 40 mil reais", detalhou o Igor Diego.
O esquema envolvia sete pessoas da mesma família, entre elas dois sargentos da Polícia Militar de Alagoas (PM/AL). O grupo, se indiciado, vai responder por organização criminosa, peculato e lavagem de dinheiro.
Nesta manhã, agentes da PC apreenderam quatros veículos Jeeps, totalizando cerca de um milhão de reais só em automóveis, além de joias. Com o avançar da investigação, a Polícia Civil vai pedir o bloqueio total dos bens dos envolvidos.
"O trabalho da gente não é só prender e punir, mas também ressarcir o erário. Vamos tentar minimizar o máximo de prejuízos", frisou o delegado Sidney Tenório. Os mandados foram expedidos pela 17ª Vara Criminal da Capital.