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Polícia

Mulher entrou em funerária e cortou cabelo de manicure morta por engano; PC investiga vilipêndio de cadáver

Reprodução/Rede Social
Reprodução/Rede Social

A Polícia Civil de Alagoas confirmou, na manhã desta segunda-feira, 21, que um inquérito policial foi instaurado para apurar o crime de vilipêndio ao cadáver de Carolaine Correia dos Santos, a "Kalica", manicure morta a tiros por engano no município de Penedo na semana passada. Uma mulher está sendo investigada por se passar por irmã da vítima e cortar o cabelo dela enquanto o corpo estava na funerária, antes de ser encaminhado para velório e sepultamento.

De acordo com o chefe de operações da Delegacia Regional de Penedo, Welber Cardoso, o crime de vilipêndio de cadáver foi denunciado pela família da manicure após uma confusão durante o velório da vítima, no último dia 16. A mulher suspeita já foi identificada, mas teve o nome preservado pela Polícia Civil para não atrapalhar as investigações.

"Depois da liberação do corpo da vítima, através do IML de Arapiraca, o cadáver foi naturalmente encaminhado à funerária para os preparativos do sepultamento. Na funerária, já em Penedo, uma mulher se apresentou como técnica de enfermagem e como irmã da vítima Carolaine. Ela pediu para o pessoal da funerária para entrar e ela mesmo arrumar o corpo da vítima. Assim, foi cedido o acesso", iniciou Cardoso.

"Ainda segundo a informação, o pai da vítima chegou no local procurando saber sobre o corpo da filha, e foi informado sobre a suposta irmã preparando o corpo. Imediatamente, o pai retrucou e disse que a filha não tinha irmã. Foi aquela correria, quando chegaram no local onde estava o cadáver, essa mulher misteriosa não estava mais lá. Foi aí que observaram o corpo da vítima e, para a surpresa de todos, a mulher havia cortado o cabelo da Carolaine", continuou.

Após fugir da funerária, a mulher teria aguardado o início da cerimônia de velório, na casa da família da manicure, e ido ao local com os cabelos da vítima nas mãos. "No velório, a mulher se apresentou com uma coroa de flores e com o cabelo da vítima nas mãos. Uma das versões mostra que ela teria dito para a família que se ninguém quisesse o cabelo, ela iria colocar um mega hair no cabelo dela. A outra versão foi de que ela deu o cabelo da vítima para a mãe, para eles não se esquecerem de Carolaine. Houve uma represália da família da Carolaine com essa mulher, inclusive ela teria sido agredida fisicamente. O cabelo foi colocado ao lado do caixão, quando foi enterrado", afirmou o chefe de operações.

Carolaine foi vítima de tiros por engano (Crédito: Reprodução/Rede Social)

A suspeita do vilipêndio também vai ser investigada pelo crime de falsidade ideológica. A polícia agora vai colher o depoimento das pessoas presentes no velório, como também vai ouvir os representantes da funerária responsável pelo corpo de Carolaine antes do sepultamento.

"Vamos apurar a situação de falsidade ideológica dessa mulher. A polícia já intimou os familiares da vítima, as pessoas que foram ao velório, como também os responsáveis pela funerário. Há informes de que esta mulher estaria com problemas de ordem psíquica, após passar por uma cirurgia bariátrica", finalizou Cardoso.

O vilipêndio de cadáveres é considerado crime contra o respeito aos mortos, previsto no artigo 212 do Código Penal Brasileiro. A pena prevista é de um a três anos de detenção e multa.

A manicure foi confundida com a amiga, que é envolvida com o tráfico de drogas (Crédito: Reprodução/Rede Social)

Família diz que conhece mulher "de vista" e ela já foi cliente da manicure - Em entrevista ao TNH1, nesta manhã, a mãe de Carolaine, Gilvanete Correia dos Santos, confirmou que foi surpreendida pela suspeita no velório da filha. Ela negou qualquer tipo de agressão física no local, mas afirmou que o fato de a mulher ter aparecido com o cabelo da manicure gerou revolta entre os presentes.

"Foi um desrespeito para todos da família. Conhecemos essa mulher de vista, disseram que está passando por depressão, mas ela chegou no velório com o cabelo da minha filha nas mãos. Ela não tinha esse direito de cortar o cabelo da minha filha", disse a dona Gilvanete, ao destacar também que a suspeita já foi cliente de Carolaine.

Gilvanete no velório de Carolaine (Crédito: Reprodução/TV Pajuçara)

"A Kalica tinha uma irmã, mas ela mora em Mato Grosso e não é da área da saúde, e também não veio para o sepultamento. Então como a irmã estava arrumando o corpo dela? Essa mulher se passou pela minha filha. Ela não tinha que fazer isso com o cabelo da minha filha. E logo o cabelo dela, Minha filha tinha feito uma promessa para não cortá-lo", continuou a mãe da manicure.

O caso - Carolaine Correia dos Santos, 26 anos, foi assassinada a tiros no Centro de Penedo, no último dia 15, após ser confundida com uma amiga envolvida com o tráfico de drogas da região. A Polícia já identificou seis suspeitos do crime, sendo três executores, o motorista de fuga, o traficante mandante e o olheiro dele, mas que continuam foragidos. O carro usado pelos criminosos, um Fiat Uno branco, foi apreendido no interior de Sergipe.

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