Filiados do Partido Liberal (PL) protagonizaram uma briga na segunda-feira, 10, em um grupo no WhatsApp. Inclusive, na terça-feira, 11, o presidente nacional da sigla, Valdemar Costa Neto, pediu “equilíbrio” aos parlamentares. Em carta compartilhada nas redes sociais, Valdemar falou sobre embates “acalorados e de muita qualidade” entre membros da legenda, mas ponderou que, às vezes, as discussões “podem dar margem para quem quer confundir” os eleitores. Em entrevista ao Jornal da Manhã, da Jovem Pan News, o deputado federal Altineu Côrtes (PL-RJ), líder partidário na Câmara, afirmou na manhã desta quarta-feira, 12, que a discussão “passou do limite”. No entanto, o parlamentar apostou que sigla vai “sair mais forte”. “Bolsonaro fez o PL o maior partido do Brasil. São 99 deputados federais. É óbvio que em um partido tão grande existe divergências de pensamentos entre deputados. Aconteceram realmente discussões que passaram um pouco do limite. Os deputados que estiveram nesse evento já se desculparam. Vamos sair mais fortes dessa discussão. Precisa haver respeito, equilíbrio e calma para mantermos a bancada unida. Temos pensamentos diferentes, mas todos nós somos direita e defendemos a bandeira do presidente Bolsonaro. Naquilo que for para defender a família, a liberdade e o conservadorismo, tenho certeza que o PL tem 99 votos”, frisou.
Na entrevista, Altineu Côrtes também falou sobre a PEC da Anistia. Nesta quarta-feira, a Câmara vai instalar a comissão especial para debater a PEC aos partidos penalizados por gastos irregulares e excessos de políticos e dirigentes nas últimas eleições. Na oportunidade, também serão definidos o presidente e o relator do caso. Para o líder do PL na Casa, a PEC da Anistia vai “privilegiar” a democracia. “Existiram muitas dúvidas na eleição [2022]. Tivemos problemas sobre as cotas das mulheres. Mas a Justiça Eleitoral não precisa levantar uma bandeira de já ganhou quando pune um partido ou quando pune um candidato. Diversos candidatos estão sendo penalizados com multas e, com isso, tira ele da política. Ao invés de privilegiar a democracia e as candidaturas, isso pune as candidaturas. Queremos ter uma eleição com tranquilidade, que possamos privilegiar as candidaturas. Essa PEC virá para corrigir essas situações. Não é a anistia de uma multa ou outra que vai resolver um problema partidário, mas esse problema vem de um candidato e pode tirar essa pessoa da política. Então é muito ruim. A PEC virá para corrigir certas situações para privilegiar a democracia”, completou Altineu Côrtes.
Confira a íntegra da entrevista do deputado Altineu Côrtes (PL-RJ):
Jovem Pan