Exposição excessiva ao sol e a falta do uso de filtro solar são os principais fatores de risco para desenvolver câncer de pele. Em 2023, os cânceres de pele não melanoma, são os que mais devem acometer os alagoanos, com 1.750 casos.
Ao Cada Minuto o médico oncologista, André Luiz Pereira Guimarães, alerta para os cuidados com a pele durante o verão e a importância do tratamento precoce.
O oncologista avalia que os trabalhadores que ficam expostos ao sol (pescadores, ambulantes, carteiros, catadores, garis, entre outros) a curto prazo correm o risco de terem queimaduras e fotossensibilização, e a longo prazo o maior risco é o câncer de pele. "Quanto mais exposição ao sol, maior a probabilidade de ocorrerem as mutações nas células, levando ao câncer de pele".
Cuidados e detecção precoce
Ele explica ainda que as pessoas de pele clara estão mais suscetíveis ao câncer de pele. "As pessoas que registram menos melanina, que ajuda a proteger contra as mutações que os raios ultravioleta produzem nas células da pele. Quanto mais clara a pele, maior o fator de proteção solar que a pessoa deve usar", alerta.
O médico oncologista destaca a importância da população se cuidar durante o verão para evitar o câncer de pele. "Usar os protetores solar com um fator de proteção solar mínimo de trinta e reaplicar a cada três horas nas áreas expostas ao sol", recomenda André Luiz.
Ele pontua a importância de encontrar qualquer sinal do câncer o mais precocemente possível. Para o médico, é necessário observar marcas ou alterações na pele e procurar um profissional para tratar precocemente a doença.
Ainda conforme o Inca, o câncer de pele representa 30% de todos os tumores malignos registrados no país e, por isso, especialistas alertam sobre o autocuidado constante para se prevenir.
Exposição solar
Segundo a médica dermatologista e docente do Centro Universitário Tiradentes (Unit/AL), Maria Lamenha Cavalcante Melo, esse tipo de câncer surge através de sinais na pele, principalmente nas áreas mais expostas ao sol, como a face, membros superiores e couro cabeludo.
Ela ainda conta que, em regiões mais quentes, os cuidados devem ser redobrados e que, em atividades ao ar livre, como trabalho, esporte e lazer, a reaplicação do protetor deve ocorrer a cada 2 horas.
Além do risco provocado pela exposição solar, a médica também informa que pessoas com a pele, olhos e cabelos claros, com idade acima de 40 anos, que tenham se exposto em excesso ao sol sem fotoproteção e com histórico familiar de câncer de pele são consideradas grupos de risco para esse tipo de neoplasia. E que, em caso de diagnóstico positivo para a enfermidade, os tratamentos estão disponíveis, inclusive, através do SUS.
"O tratamento de primeira escolha é o cirúrgico, com retirada completa da lesão. A depender do tipo histológico, pode ser necessária a realização de radioterapia e quimioterapia. E quanto ao SUS, há tratamento disponível em centros de atenção secundária e terciária", frisa a médica dermatologista.