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Jornal da Manhã

Setor de turismo prevê recuperar perdas da pandemia da Covid-19 até o fim de 2022


O setor de turismo espera recuperar o nível de pré-pandemia até o final de 2022. O mercado mantém a proporção de 60% com destinos nacionais. A presidente da Associação Brasileira de Agências de Viagens (ABAV), Magda Nassar, avalia o impacto dos custos no bolso dos turistas. “Está tudo muito mais caro. Não é o turismo. Quando a gente fala de números de 2019, que são os números reais, a gente vê aumentos pontuais, às vezes não, empates. Quando a gente fala em relação 2020 e 2021, óbvio, os preços são maiores, é a demanda e a oferta, não tem como. A gente teve anos difíceis, os últimos dois anos, e grandes promoções foram feitas para tentar melhorar o setor. Eu acho que a gente tem uma tendência a manter esses preços. Existem preços muito atraentes”, disse. O fim do isolamento da pandemia da Covid-19 leva ao retorno mais forte do turismo agora, mesmo dentro de uma realidade de crise econômica que afasta muitos brasileiros das viagens. Apesar disso, não houve ainda a retomada da oferta de voos oferecidos em 2019, e a alta nos preços dos combustíveis impacta diretamente no preço das passagens, que estão mais caras.

O setor foi fortemente atingido pela pandemia: em 2019 registrou um faturamento de R$ 31 bilhões. Já em 2020 caiu pra R$ 9 bilhões. O país tem potenciais grandes no segmento e, por isso, as lideranças do setor acreditam que a indústria do turismo deveria ser muito maior. “A gente vende muito mais destinos nacionais. O Brasil é riquíssimo, você pode encontrar de tudo, viagens de gastronomia, de praia, sol e mar, inverno, tudo. A gente teve até surpresas na divulgação dos destinos mais procurados. São Paulo entrou como um dos destinos mais procurados, Brasília também, a gente tem, hoje, boas e gratas surpresas, mas a gente precisa de mais, a gente precisa do mundo visitando o Brasil. E esse é um trabalho que a gente tem a agência, a Embratur, fazendo, mas a gente precisa de um olhar mais especial do nosso governo, para que esse 8,5% que a gente representou do PIB em 2019 se transforme pelo menos no dobro disso”, diz Nasser.

*Com informações do repórter Marcelo Mattos

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