Cinco pautas importantes na vida das mulheres foram discutidas durante o painel "G20 e as Mulheres: Desenvolvimento econômico inclusivo e sustentável", no Rio de Janeiro. Os temas abordados foram empreendedorismo, participação feminina na ciência e tecnologia, enfrentamento da violência contra mulheres, economia do cuidado e justiça climática na perspectiva de gênero.
O painel contou com a presença de lideranças femininas, como Ana Fontes, presidente do W20 Brasil, um dos grupos independentes oficiais do G20, voltado para a promoção da igualdade de gênero e do empoderamento econômico das mulheres. Ela avaliou que mudanças estruturais em temas como a economia do cuidado, que é o trabalho não remunerado e invisibilizado que envolve cuidar de crianças, idosos, enfermos e pessoas com deficiências, além de tarefas domésticas, poderiam causar impactos significativos para o desenvolvimento dos países.
Outra pauta que ficou no foco da discussão foi a igualdade de gênero como pilar central para o desenvolvimento sustentável. A alta representante para temas de gênero no Itamaraty, Vanessa Dolce, falou sobre a importância de as mulheres ocuparem espaços estratégicos.
A representante do Sindicato Nacional dos Aposentados e Pensionistas, Andrea Gatto, que participou do evento como expectadora, argumenta que a desigualdade de gênero no acesso a melhores oportunidades de trabalho gera consequências que terão seu ápice na terceira idade.
A Cúpula do G20 Social é uma iniciativa da presidência brasileira para ouvir as populações dos países do grupo, trazendo representações da sociedade civil de todo o mundo para a construção conjunta de uma declaração final. Este documento incorpora as propostas discutidas ao longo deste ano e será entregue ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva em cerimônia no último dia do evento, no sábado. Os debates abordam temas propostos pelo Brasil ao G20: combate à fome e à desigualdade, mudanças climáticas e sustentabilidade, e reforma da governança global.
Agência Brasil