O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, afirmou, em vídeo compartilhado em seu perfil no Facebook neste domingo, 20, que o cerco das tropas russas a Mariupol, cidade portuária no sudeste da Ucrânia, é “um terror que será lembrado por séculos”. Nas últimas horas, o exército da Rússia bombardeou uma escola de arte que servia de abrigo para 400 pessoas – o número de vítimas não foi informado, mas mulheres, crianças e idosos que estavam no local estão soterradas em escombros, de acordo com a administração da cidade. Na publicação, o líder ucraniano acusa o governo de Vladimir Putin de cometer crimes de guerra. “Fazer isso com uma cidade pacífica O que os ocupantes fizeram é um terror que será lembrado por séculos”, disse Zelensky. O mandatário ucraniano também defendeu uma saída diplomática para o conflito, que ocorre desde o dia 24 de fevereiro.
Em outro vídeo, Zelensky disse que os russos que invadem a Ucrânia são “incompetentes”. Nos cálculos do presidente, “80 a 90%” das unidades russas foram destruídas até o momento. “Os ucranianos provaram que podem lutar mais profissionalmente do que um exército que faz guerras há décadas em várias regiões e condições. Respondemos com sabedoria e coragem ao grande número de seus equipamentos e soldados enviados à Ucrânia”, afirmou. Na sexta-feira, 18, a Organização das Nações Unidas (ONU) alertou que as reservas de água e alimento de Mariupol estavam prestes a se esgotar. A queda da cidade portuária seria um marco no conflito que ocorre no Leste Europeu e representaria um avanço significativo de Vladimir Putin no território ucraniano.
Apesar do cenário de guerra, o ministro das Relações Exteriores da Turquia, Mevlut Cavusoglu, disse que Rússia e Ucrânia estão “perto” de chegar a um acordo sobre “questões concretas”. “Estamos trabalhando primeiro por um cessar-fogo humanitário e depois por um cessar-fogo permanente. Esta semana, encontrei-me com os meus homólogos na Rússia e na Ucrânia. Sei que as partes ainda estão negociando algumas questões concretas”, declarou em entrevista ao jornal turco Hurriyet ao veículo. “Vemos que as partes estão perto de concordar em questões fundamentais. Não é fácil chegar a um acordo enquanto os civis estão morrendo. Ainda assim, houve um avanço”, acrescentou.
Jovem Pan