A cantora Claudia Leitte assumiu na noite de segunda-feira, 25, ao não se posicionar sobre a pandemia do coronavírus durante a sua participação no programa “Altas Horas” no sábado, 23. Enquanto falavam sobre a crise sanitária que assola o Brasil, o apresentador Serginho Groisman questionou a artista sobre qual era a sua indignação. Claudinha, então, respondeu à pergunta de maneira efusiva. “A minha indignação? Eu tenho um coração pacificador, Serginho. Eu me indigno, sou capaz de virar tudo pelo avesso, de chutar as barracas, mas todo mundo tem um lugar onde pode brilhar uma luz para desfazer o que está acontecendo. E se essa luz se acende, obviamente, não vai ter escuridão. Acho que eu me declarei”, disse. A resposta da cantora não repercutiu bem entre os internautas, que a chamaram de “alienada”. A dona do sucesso “Desembaça”, então, foi até as redes sociais se desculpar. “Mais do que um desabafo, esse era um momento em que eu precisava ter muita consciência do meu papel social e eu não tive”, começou.
“Eu acho que um artista tem um papel que precisa ficar muito claro. Eu subo num palco para cantar e eu sirvo o outro através da minha música, eu movimento pessoas. Eu faço entretenimento, mas faço com uma missão, com um propósito. E quando saio do palco, em qualquer situação, continuo sendo cidadã, mas se tenho o microfone ligado, continuo representando aquelas pessoas, servindo aquelas pessoas”, disse. Em seguida, a cantora usou o espaço para dizer quais realmente eram as suas indignações. “Eu precisava ter falado que me indigna o fato das pessoas não usarem máscaras, continuarem aglomerando, promovendo e incitando aglomerações. Isso mata, tá comprovado. O noticiário sangra todos os dias. É revolte, desesperador, sufoca”, desabafou. Claudinha ainda aproveitou para falar sobre a fome causada pela falta de empregos no país, sobre a violência doméstica crescente em tempos de isolamento social e sobre a falta de vacinas contra a Covid-19. “Eu não podia ter deixado essa oportunidade passar e venho aqui para pedir desculpas por isso, porque eu não usei da ferramenta que eu tenho para fazer alguma diferença. Eu quero me redimir disso”, finalizou.
essa alienação intencional é perversa demais. Quando nós vamos olhar pra esse tipo de gente, independente de quem seja e sentir repulsa? Essa mulher vive da audiência do povo e naturalizar essas falas é colaborar com a morte, por chacina ou por COVID
— Ismael Carvalho (@carvalhoismaels) May 23, 2021
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