Foram confirmadas mais três mortes pelo desabamento da Ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira, que liga o município maranhense de Estreito a Aguiarnópolis, no Tocantins. O acidente foi no último domingo (22), na BR 226.
Os corpos encontrados no Rio Tocantins são de Lorrayne de Jesus, de 11 anos; de Kécio Santos Lopes, de 42 anos, motorista de um dos caminhões, e também o de uma mulher de 45 anos.
A quarta pessoa que morreu é uma moradora de Aguiarnópolis, de 25 anos, que foi identificada ainda no domingo, dia do desabamento. O único sobrevivente até agora é um homem de 36 anos, que foi socorrido por populares e conduzido ao hospital da cidade de Estreito com uma fratura na perna.
As buscas por doze desaparecidos continuam nesta terça (24), com botes. Ao todo, dez veículos caíram no rio Tocantins, quando a ponte desabou.
Os mergulhos não foram liberado ainda, porque não há certeza sobre a segurança da água, já que carregamentos com produtos químicos caíram no rio. Dois tanques de ácido sulfúrico já foram localizados e não apresentaram vazamento, mas ainda não há informação sobre a carga de pesticida. Técnicos ambientais coletaram água do local para análise.
Além da questão ambiental e da dor dos familiares e amigos, outros impactos surgiram no cotidiano das cidades próximas à ponte que colapsou. Como medida preventiva, a Companhia de Saneamento Ambiental do Maranhão fez parada temporária do sistema de captação superficial do Rio Tocantins. Segundo a Companhia, áreas abastecidas com poços não serão atingidas. Mas por causa desse cenário, o Procon maranhense já vem recebendo várias denúncias de aumento abusivo na venda de água potável em alguns municípios.
A secretaria de Fazenda tocantinense precisou reorganizar os procedimentos de controle de entrada e saída de mercadorias e bens. Antes realizados no Posto Fiscal em Aguiarnópolis, cuja movimentação diária nesta época do ano é em média de 2.100 veículos, agora os procedimentos foram redistribuídos para os Postos Fiscais das cidades de Bela Vista, Xambioá e Filadélfia.
O Dnit, responsável pela administração da BR 226, abriu uma sindicância para apurar as causas do acidente e efetivar as responsabilizações pelo desabamento da ponte. Os trabalhos se estenderão por 120 dias. Ainda está prevista para esta terça a publicação do decreto de emergência que vai destinar mais de R$100 milhões para a construção de uma nova estrutura.
Geral Segue a busca por desaparecidos. Mergulhos ainda não foram liberados São Luís 24/12/2024 - 14:59 Nadia Faggiani / Eliane Gonçalves Madson Euler desabamento de ponte Maranhão Tocantins terça-feira, 24 Dezembro, 2024 - 14:59 2:50Agência Brasil