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EM INVESTIGAÇÃO

Presidente de Associação Militar de AL é acusado de desvio de recursos

Denunciante é o vice-presidente da entidade; caso envolve compra de terreno por valor milionário


Sede da Associação dos Militares do Estado de Alagoas

A gestão do presidente da Associação dos Militares de Alagoas (Ameal), sargento PM José Erionaldo da Silva, está sob investigação por denúncias de desvios financeiros. O caso, levado à Corregedoria da Polícia Militar (PM), à Ordem dos Advogados do Brasil em Alagoas (OAB-AL) e à Polícia Civil, foi denunciado pelo vice-presidente da entidade, sargento PM Dennisson Alex de Azevedo da Silva.

Em ação judicial movida em 10 de novembro, Dennisson pediu o afastamento temporário de Erionaldo, argumentando que sua permanência poderia interferir nas apurações. A solicitação está sob análise da magistrada Isabelle Coutinho Dantas Sampaio, da 30ª Vara Cível da Capital. As denúncias incluem irregularidades na compra de um terreno de R$ 1 milhão. O presidente da entidade nega todas as acusações.

Segundo o vice-presidente, o intermediário da negociação recebeu R$ 50 mil de comissão, dos quais R$ 20 mil teriam sido devolvidos à associação. Além disso, há suspeitas de transferências indevidas para a conta pessoal de Erionaldo, que justificou os valores como despesas com materiais, mas não apresentou comprovações fiscais.

Outra irregularidade apontada por Dennisson ao EXTRA é o pagamento de R$ 80 mil a um advogado que, segundo ele, não possuía registro na OAB à época dos fatos. Também foram questionados reembolsos feitos ao presidente e cortes drásticos no orçamento destinado à vice-presidência.

Dennisson afirmou que, desde que começou a expor as supostas irregularidades, tem sofrido retaliações, como o bloqueio de sua participação em grupos de WhatsApp da associação e a perda de acesso à sua sala. O caso chegou a ser tema do podcast Na Mira do Monge, com mais de 60 mil inscritos, ampliando a repercussão.

Outro lado

Em resposta às acusações feitas pelo PM Dennisson Alex de Azevedo da Silva, o sargento PM José Erionaldo da Silva afirmou que as alegações não apresentam materialidade e não procedem. De acordo com ele, todas as informações levantadas pelo acusador vão passar pelo conselho fiscal, além de que haverá uma prestação de contas na entidade.

O sargento ainda expressou surpresa com a postura adotada por Dennisson, que, repentinamente teria demonstrado interesse em assumir a presidência da associação. "Nossa principal preocupação é a manutenção da entidade", afirmou. Ele também criticou a estratégia de busca por mídia adotada pelo acusador, destacando que tal abordagem não corresponde ao modelo seguido pela atual gestão.

Confira o podcast


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