A Polícia Civil de Alagoas (PC/AL) informou que a maioria dos medicamentos furtados pela organização criminosa era para tratamento de pacientes com câncer e seria distribuída pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Ao menos nove pessoas foram presas e diversos remédios foram apreendidos em uma operação deflagrada na manhã desta quinta-feira (1º).
Delegado-geral da Polícia Civil, Gustavo Henrique explicou que pessoas ligadas à organização criminosa trabalhavam na área de serviços gerais de unidades de saúde pela facilidade de ter acesso aos locais onde eram armazenados medicamentos.
"Eles se aproveitaram disso e furtavam os medicamentos. Eles repassavam os medicamentos para receptadores intermediários que, por sua vez, repassavam para o líder que tinha o papel de entregar aos receptadores finais. Dentre eles, havia proprietários de farmácias e distribuidoras de medicamentos. E a partir daí, eles eram comercializados", relata.
Gustavo Henrique disse, ainda, que um dos receptadores enviava parte dos medicamentos para São Paulo.
A polícia descobriu que a maioria dos medicamentos serviria para tratamento oncológico. Um deles, que custa cerca de R$ 22 mil, era vendido por R$ 4 a 5 mil. Esses remédios para câncer eram furtados da Farmácia de Medicamentos Excepcionais de Alagoas (Farmex).
A operação, denominada Overdose, foi realizada pelas Polícias Civil e Militar e coordenada pela Secretaria de Segurança Pública de Alagoas (SSP/AL) contra o furto de medicamentos. Ao todo, foram cumpridos 10 mandados de prisão e 9 de busca e apreensão nas cidades de Maceió e Marechal Deodoro.