A Polícia Civil de Alagoas concluiu o inquérito policial que investigou estudantes de escolas particulares suspeitos de manipular imagens pornográficas, sobrepondo rostos de garotas adolescentes por meio de Inteligência Artificial (IA).
A Operação Deepfake teve início em abril deste ano, comandada pelos delegados Daniel Mayer e Sidney Tenório. Foram cumpridos mandados de busca e apreensão nas residências dos suspeitos, localizadas em bairros de classe média alta, em Maceió.
Segundo os delegados, os adolescentes são apontados como autores de atos infracionais análogos a associação criminosa, difamação em rede social, divulgação de imagem pornográfica em rede social contendo adolescente, e montagem ou modificação de fotografia pornográfica de adolescente.
Os adolescentes têm de 14 a 16 anos, e a maioria das vítimas eram colegas de escola.
As investigações descobriram que o principal articulador das montagens estava planejando comercializar nas redes sociais as fotos montadas. O preço seria R$ 10,00, cada.
Na Operação Deepfake, foram apreendidos smartphones, tablet e notebooks. O material passou por análise da perícia técnica.
O inquérito policial está sendo enviado para a Vara da Infância e da Juventude de Maceió e caberá ao Ministério Público o oferecimento, ou não, de denúncia.