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Alagoas

Covid: em 2024, Alagoas já notificou quase 2 mil casos; 1/3 destes foi confirmado

Arquivo/Marcelo Camargo/Agência Brasil
Arquivo/Marcelo Camargo/Agência Brasil

Assim como aconteceu em dezembro passado, o mês de janeiro começou com números de casos de Covid-19 considerados altos em Alagoas, em comparação com a maioria dos meses de 2023. Dados divulgados pelo Centro de Informações Estratégicas e Resposta em Vigilância em Saúde (CIEVS) mostram que 635 casos da doença já foram confirmados nos primeiros nove dias de 2024 no estado de Alagoas. A média é de 70,5 testes positivos para o coronavírus por dia.

Segundo o boletim compartilhado pela Secretaria de Estado de Saúde (Sesau), na última terça-feira (09), quase dois mil casos foram notificados, porém mais de mil deles já foram descartados após análise. Os pacientes que tiveram a doença confirmada representam 1/3 daqueles que tiveram a suspeita inicialmente contabilizada na base de dados da Saúde. Confira abaixo a tabela:

AnoCasos notificadosCasos confirmados% de casos confirmadosCasos descartadosCasos sem conclusão
20241.92663533%1.061230

Entre os dias 2 e 9 de janeiro, a Sesau considera 561 pacientes ainda com suspeita de Covid, inseridos no grupo de casos em investigação. A secretaria confirmou um óbito em decorrência da doença. O município onde houve a morte, no entanto, não foi divulgado.

Em contato com o TNH1, o CIEVS explicou que o óbito foi em 2023, mas foi registrado no último boletim, pois as mortes são publicadas após investigação municipal e informadas no informe epidemiológico a seguir, divulgado pela secretaria estadual.

Sobre os casos em investigação, o CIEVS destacou que eles são contabilizados em referência às notificações dos 20 dias anteriores da publicação do boletim, e por isso, ainda há mais de 500 situações à espera do resultado.

Pacientes e tipo de infecções - As pessoas que apresentaram síndrome gripal representam ampla maioria na faixa etária de 20 a 59 anos e são 75,7% nas estatísticas. Em relação aos casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG), os idosos são 44% dos pacientes com a doença, seguidos pelas criança de até 10 anos, que são 28%. Sobre os casos de SRAG, 80% das pessoas estão hospitalizadas e 20% seguem em isolamento domiciliar.

Pacientes do sexo feminino são maioria nos casos com síndrome gripal, enquanto pessoas do sexo masculino sofrem mais com síndrome respiratória aguda grave.

Municípios com mais casos - O CIEVS informou que o município com maior incidência da doença em 2024 é Arapiraca, que já teve 274 casos confirmados. Maceió aparece com 131 pacientes diagnosticados com Covid. Porém, a diferença entre as cidades em relação aos casos em investigação chama a atenção. São apenas 15 casos que necessitam do resultado dos testes no município do Agreste e 280 ainda estão sem resposta na capital.

Santana do Ipanema tem 39 casos, União dos Palmares tem 21 e São Miguel dos Campos tem 14 neste ano. Eles são seguidos por Palmeira dos Índios, Coruripe e Marechal Deodoro que também apresentaram mais de 10 casos.

Maceió lidera os municípios com casos em investigação. Delmiro Gouveia, Palmeira dos Índios, Mata Grande e Santana do Ipanema completam o grupo das cinco cidades com testes ainda sem resultado.

Reunião sobre a situação epidemiológica da Covid-19 - O Grupo Técnico-Científico da Secretaria de Estado da Saúde realizou no dia 3 de janeiro, sua primeira reunião do ano de 2024 para avaliar, além da situação epidemiológica atual da Covid-19 no estado, questões de gestão quanto à distribuição de leitos e cuidados preventivos.

O encontro reúne técnicos, médicos, gestores e outros profissionais da saúde, que se reúnem desde março de 2020, para analisar e ponderar os quadros de doenças infectocontagiosas, além de outros temas pertinentes à saúde pública.

Durante a reunião foi discutido o aumento no número de casos de Covid-19 que teve o registro de 331 casos confirmados na segunda semana de dezembro, 797 na terceira e 839 na quarta semana de dezembro com quatro óbitos.

Na ocasião, apesar do acréscimo nos números, o infectologista Renee Oliveira, que também é chefe do Gabinete de Combate às Doenças Infectocontagiosas da Sesau, reforçou que o quadro está sendo monitorado pela gestão estadual e não representa uma situação grave.

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