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Jornal da Manhã

Gleisi Hoffmann critica Haddad por antecipar debate sobre eleições de 2026

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), já foi apontado como sucessor do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em uma disputa pelo Palácio do Planalto e concorreu à presidência em 2018 quando foi derrotado por Jair Bolsonaro.

Foto: Reprodução internet
Foto: Reprodução internet

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), já foi apontado como sucessor do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em uma disputa pelo Palácio do Planalto e concorreu à presidência em 2018 quando foi derrotado por Jair Bolsonaro. Sobre as próximas eleições presidenciais de 2026, ele disse que o candidato do Partido dos Trabalhadores será novamente o presidente Lula, que já havia prometido que não disputaria uma reeleição. De acordo com o ministro da Fazenda, existe um consenso dentro do partido de que Lula deve desconsiderar a promessa feita em 2022 e pode se lançar candidato novamente para um eventual o quarto mandato. As declarações de Haddad foram dadas em entrevista ao jornal O Globo.

Na mesma entrevista, Haddad afirmou que a reforma do Imposto de Renda deve ficar só para 2025. Segundo o ministro, as eleições municipais marcadas para 6 de outubro causam o que ele chamou de ‘um problema de janela’, que terá que ser avaliado pela política. Ele se referia ao fato de muitos parlamentares serem candidatos ou se envolverem diretamente nas eleições para prefeitos e vereadores, o que resulta no esvaziamento antecipado do Congresso Nacional e impossibilita a votação de temas mais complexos. Mesmo assim, Haddad afirmou que a questão do Imposto de Renda vai estar na pauta de 2024 dentro da reforma tributária, devido a uma emenda que estabeleceu um prazo para o governo apresentar uma proposta. A regulamentação da reforma tributária é uma das principais prioridades do governo para 2024. O ministro assinalou também que o PT não pode celebrar os resultados obtidos na economia mas, ao mesmo tempo, considerar, nas palavras de Haddad, ‘tudo errado na política fiscal’.

A declaração gerou reações dentro da sigla. A presidente do Partido dos Trabalhadores (PT), Gleisi Hoffmann, criticou o ministro por antecipar o debate sobre a possível candidatura à reeleição de Lula e defendeu o debate interno em relação às ações do ministro. “Acho extemporânea a discussão sobre a sucessão do presidente Lula. Nós precisamos fazer com que tudo dê certo porque é isso que vai garantir a sucessão, inclusive a reeleição de Lula na próxima eleição. Temos que entregar resultados ao povo brasileiro, foi para isso que a gente elegeu o presidente Lula e fizemos o enfrentamento que fizemos ao longo desse tempo", afirmou a petista.

Apesar das falas de Gleisi, dentro do mercado e do Congresso, a ação de Haddad tem o apoio de parte dos parlamentares, segundo o relator do orçamento deste ano, o deputado Danilo Forte (União). “Naquilo que diz respeito à evasão fiscal, nós o apoiamos. Disse isso ao ministro Haddad e digo para vocês. A gente precisa avançar nas leis complementares da reforma tributária e encurtar o prazo de transição”, defendeu. A meta de zerar o rombo das contas públicas foi uma das condições para a aprovação do novo arcaouço fiscal entre analistas e dentro do próprio Planalto. Porém, já admite-se que dificilmente esse objetivo do ministro vai ser atingido.

*Com informações do repórter André Anelli

 

Fonte: Jovem Pan

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