Nicolás Maduro, presidente da Venezuela, e Irfaan Ali, presidente da Guiana, se encontrarão na quinta-feira, 21, para discutir a disputa sobre a região petrolífera de Essequibo. A reunião, intermediada pelo governo do país caribenho São Vicente e Granadinas, está marcada para 14 de dezembro, às 11h (de Brasília). O primeiro-ministro Ralph Gonsalves destacou a necessidade de desescalada do conflito e propôs o diálogo direto entre os líderes dos dois países envolvidos. O encontro será promovido pela Celac (Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos) e Caricom (Comunidade do Caribe), com o presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva (PT) também convidado. Desde o início do conflito, o petista atua como mediador. A presença dele foi solicitada por guianenses e venezuelanos, mas o Palácio do Planalto ainda não confirmou a ida de Lula.
Maduro, em comunicação via X (antigo Twitter), afirmou estar ativando a Diplomacia Bolivariana de Paz. Neste sábado, 9, o ditador da Venezuela conversou por telefone com Lula, que expressou preocupação sobre a disputa de Essequibo, enfatizando a importância de evitar medidas unilaterais que intensifiquem a situação. A Venezuela e a Guiana disputam Essequibo por mais de um século. Tensões recentes foram acentuadas após um referendo polêmico conduzido pelo governo Maduro, onde 95% dos votantes apoiaram a Venezuela como detentora legítima da região. Vários países, incluindo Rússia, Reino Unido, e Estados Unidos, pediram uma solução pacífica para as tensões.
Jovem Pan