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Covid-19

IBGE aponta que Brasil fechou 2022 com 7,4 milhões de pessoas em teletrabalho

A pandemia do Covid-19 causou uma revolução no mercado de trabalho e popularizou formas de atuação remotas.


Foto: Reprodução internet

A pandemia do Covid-19 causou uma revolução no mercado de trabalho e popularizou formas de atuação remotas. É o que aponta estudo realizado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgado nesta quarta-feira, 25. De acordo com os dados, um em cada quatro brasileiros com ensino superior completo adotou o trabalho remoto no ano passado. No total, dos 96,7 milhões de empregados ocupados que não estavam afastados do trabalho, 7,4 milhões estavam em teletrabalho no país, o que representa 7,7%. Os dados compõe o estudo Teletrabalho e trabalho por meio de plataformas digitais 2022 da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua) e mostram que a mudança no ambiente de trabalho evidenciou as desigualdades entre os profissionais, com diferenças mais acentuadas de acordo com o nível de instrução. Enquanto 23,5% dos profissionais com ensino superior completo trabalharam remotamente, apenas 0,6% das pessoas sem instrução ou com ensino fundamental incompleto tiveram acesso a essa modalidade de trabalho.

Os dados também mostram que a proporção de mulheres que realizaram teletrabalho foi maior do que a dos homens, com 8,7% das mulheres ocupadas adotando o home office, em comparação com 6,8% dos homens. Além disso, a população branca teve uma participação maior no teletrabalho, com 11% adotando essa forma de trabalho. Negros e pardos a proporção é de 5,2% e 4,8%, respectivamente. Em relação às regiões do país, o estudo revela que o teletrabalho teve maior participação na região Sudeste, com 9,7% dos ocupados nessa modalidade. As regiões Sul e Centro-Oeste também tiveram percentuais significativos, com 7,4% e 7,1%, respectivamente. Já as regiões Norte e Nordeste apresentaram percentuais mais baixos, com 4,1% e 5,2%, respectivamente.

No que diz respeito à faixa etária, é possível concluir que o teletrabalho foi mais comum entre 25 e 39 anos, com 9,7% adotando essa modalidade, enquanto entre os idosos com 60 anos ou mais, a proporção foi de 6,1%. Em termos de formação acadêmica, a maioria dos teletrabalhadores possuía ensino superior completo, representando 69,1% do grupo. Apenas cerca de 5% dos teletrabalhadores não possuíam ensino médio completo, enquanto 26,8% tinham concluído o ensino médio ou possuíam ensino superior incompleto.

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