O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta segunda-feira, 25, que “não tem pressa” para escolher os próximos indicados ao STF (Supremo Tribunal Federal) e à PGR (Procuradoria-Geral da República). A fala do chefe do Executivo ocorre em meio a saída do procurador-geral Augusto Aras, que deixa o cargo no Ministério Público Federal na terça, 26, e da iminente aposentadoria compulsória da ministra Rosa Weber, que completa 75 anos em 2 de outubro. "No momento que eu tiver que tomar a decisão, vocês podem ficar tranquilos que eu vou anunciar para vocês: 'Escolhi a pessoa certa para colocar no lugar'. Mas eu não tenho pressa”, afirmou o petista. Enquanto isso não acontece, Lula diz que está recebendo “conselhos”. Questionado se indicará uma mulher para a vaga de Weber, o presidente negou que gênero e cor da pele serão critérios.
“O critério não será mais esse (gênero). Eu estou muito tranquilo, por isso que eu estou dizendo que eu vou escolher uma pessoa que possa atender aos interesses e expectativas do Brasil. Uma pessoa que possa servir o Brasil. Uma pessoa que tenha respeito com a sociedade brasileira. Uma pessoa que tenha respeito, mas não medo da imprensa. Uma pessoa que vote adequadamente sem ficar votando pela imprensa”, completou Lula. Ele mencionou ainda que novos nomes estão sendo avaliados em busca da “pessoa mais correta”. “No momento certo, vocês vão saber quem que eu vou indicar. E eu preciso indicar a pessoa mais correta que eu conhecer e a pessoa que eu tenha mais fé de que vai ser uma grande pessoa na Suprema Corte, que é isso que o Brasil tá precisando”, concluiu.
Como o site da Jovem Pan mostrou, o procurador-geral Augusto Aras deve ser substituído interinamente pela subprocuradora-geral Elizeta Maria de Paiva Ramos até que Lula confirme a indicação do próximo chefe do Ministério Público Federal. Por sua vez, a ministra Rosa Weber, atual presidente do Supremo, deixa a Corte em 2 de outubro em razão da aposentadoria compulsória dos magistrados aos 75 anos. A previsão é que as indicações de Lula aos cargos, que devem receber aval do Senado Federal, aconteça ainda neste ano.
Jovem Pan