O Supremo Tribunal Federal (STF) iniciou na tarde desta quinta-feira, 14, o julgamento do segundo réu dos atos de 8 de Janeiro, Thiago De Assis Mathar. O ministro Alexandre de Moraes, relator da matéria votou pela condenação de Mathar, com sentença de quinze anos de prisão por associação criminosa armada, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado pela violência e grave ameaça, com emprego de substância inflamável, contra o patrimônio da União e com considerável prejuízo para a vítima e deterioração de patrimônio tombado. O ministro afirmou que a defesa do réu não conseguiu rebater nenhum dos fatos colocados. O acusado é produtor rural na cidade de Penápolis, em São Paulo, e alega que viajou a Brasília em ônibus fretado para manifestação pacífica. Segundo Mathar, ele entrou no Palácio no Planalto apenas para se proteger de tiros e bombas disparados pela Polícia. O ministro Alexandre de Moraes é o relator do processo.
Durante a defesa do acusado, o advogado Hery Waldir Kattwinkel Júnior criticou a atitude do ministro Alexandre de Moraes, relator do processo, em relação às pessoas envolvidas das manifestações. “Eu vejo que o ministro Alexandre de Moraes inverte o papel de julgador aqui nesta Corte. Ele passa de julgador a acusador. É um misto de raiva com rancor, com pitadas de ódio, quando se fala dos patriotas”, afirmou o jurista. A fala não foi bem recebida pelo ministro, que fez uma reprimenda dura a Kattwinkel. “É patético e medíocre que um advogado suba à tribuna do Supremo Tribunal Federal com um discurso de ódio, para postar depois nas redes sociais que veio agredir o Supremo Tribunal Federal. Talvez pretendendo ser vereador do seu município no ano que vem”, analisou. Kattwinkel chegou a ser candidato a deputado estadual por São Paulo nas eleições de 2022 e ficou como suplente.
Mais cedo na mesma sessão, a Corte formou maioria para condenar Aécio Lúcio Costa Pereira, primeiro réu pelos atos do 8 de Janeiro, por cinco crimes incluindo tentativa de golpe de Estado. Ele foi condenado a 17 anos de prisão, multa de R$ 44 mil ao Fundo Penitenciário Nacional e pagamento de R$ 30 milhões em danos morais pela depredação de prédios públicos.
Jovem Pan