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Pânico

"O grande erro do lockdown é fazer você acreditar que está seguro em casa", diz infectologista

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Em entrevista ao programa Pânico, da Jovem Pan, nesta terça-feira, 16, o infectologista Francisco Cardoso analisou as políticas de saúde implementadas para combater a pandemia do novo coronavírus no Brasil. Segundo ele, até o momento, as medidas têm se mostrado ineficazes. “Primeiro ponto: cadê os hospitais de campanha? Eles foram desmontados no meio da guerra. Os gestores tiveram um ano para se programar e não se prepararam, chegamos a 2021 da mesma maneira. Cada estado tomou decisões diferentes, a situação tornou-se uma "Torre de Babel" com as regiões falando línguas distintas. Deveria ter sido montado um comando central de crise, que emitisse regras uniformes para os estados e municípios. Além disso, o grande erro das políticas de lockdown é fazer você acreditar que está seguro em casa. Em um espaço como um restaurante, onde as mesas estão separadas os clientes usam máscaras, há ventilação adequada e as regras sanitárias estão sendo seguidas, você está muito mais seguro do que em casa”, disse.

Defendendo também o tratamento precoce contra a Covid-19, o médico revelou qual seria sua estratégia de combate à doença. “Como gestor, eu aliaria a vacinação em massa com uma política de fiscalização rígida dos estabelecimentos, ampliando seus horários de funcionamento para evitar aglomerações. Excluiria o lockdown e, principalmente, esclareceria a função do tratamento precoce para a população, oferecendo-o como possibilidade a quem quisesse se livrar da infecção de forma mais rápida e tornando esta conduta uma política de estado.” Para Cardoso, muitas instituições de saúde não recomendam o tratamento precoce porque, supostamente, o uso destes medicamentos envolveria uma série de interesses particulares.

“O tratamento precoce engloba remédios existentes em nossa biblioteca farmacológica, que estão à disposição para serem testados frente a novas doenças. Muitos estudos mostram que eles conseguem diminuir a quantidade de vírus em nosso corpo porque bloqueiam a entrada do Sars-CoV-2 nas células. Acudir o paciente que está doente sempre foi uma premissa da medicina, portanto o tratamento precoce não deveria ser alvo de polêmica. Tudo isto surgiu por conta de uma equivocada politização da pandemia, um absurdo completo. Para recomendar o tratamento precoce, há sociedades médicas que estão exigindo estudos que levariam anos e demandariam milhões de dólares para serem elaborados. Elas adotam dois pesos e duas medidas porque, para gripe recomendam remédios com evidências científicas fracas, mas para a Covid-19 – uma doença que está deixando milhares de mortos e contaminados, exigem uma burocracia enorme. Há uma série de conflitos e interesses nesta história, por exemplo, muitas organizações não apoiam o tratamento precoce já que ele recomenda remédios baratos, que não gerariam alto lucro para as indústrias. Além disso, uma vez que estes medicamentos forem instituídos e protocolados, podem atrapalhar as caras pesquisas em andamento para o desenvolvimento de novos fármacos”, concluiu.

Confira na íntegra a entrevista com o Dr. Francisco Cardoso:

 

Fonte: Jovem Pan

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