O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, disse que seu governo irá compartilhar doses de vacinas contra a Covid-19 que não forem utilizadas na imunização da população do país. A informação foi dada nesta quarta-feira, 10. “Se tivermos excedentes, vamos compartilhar com o resto do mundo”, disse Biden em ato na Casa Branca para comemorar o acordo da farmacêutica Merck Sharp & Dohme com a Janssen, farmacêutica da Johnson & Johnson, para produção de vacinas. As novas doses encomendadas devem ser recebidas no segundo semestre, embora a gestão já tenha garantido doses suficientes em fevereiro. A nova encomenda da Casa visa assegurar um fornecimento mais do que suficiente para o caso de Pfizer e Moderna, as outras fabricantes cujas vacinas já foram aprovadas no país, se depararem com problemas de fabricação. “Muitas coisas podem mudar. Temos que estar preparados”, afirmou Biden, que também disse querer guardar unidades caso seja necessário ampliar a imunidade.
A acumulação de doses pelos EUA e outros países ricos gerava preocupação entre especialistas, uma vez que países com menos condições ficariam sem o imunizante, aumentando o risco do surgimento de novas cepas. Biden anunciou ainda que os EUA doaram US$ 4 bilhões à Covax para desenvolver e distribuir vacinas equitativamente até 2022. “Isto (a pandemia) não é algo que possa ser parado com uma vala ou um muro, por mais alto que seja. Não estaremos seguros até que o mundo esteja seguro. Vamos garantir inicialmente o cuidado dos americanos, depois vamos tentar ajudar o resto do mundo”, declarou. Jen Psaki, porta-voz da Casa Branca, disse durante entrevista à imprensa que também é possível que os excedentes de vacinas possam ser utilizados para vacinar menores de idade, uma vez provada a eficácia nessa faixa etária.
Jovem Pan