A CPI da Câmara Legislativa do DF que investiga os atos de 8 de Janeiro aprovou nesta quinta-feira, 27, a convocação de G. Dias, ex-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) que se demitiu após aparecer em filmagens no Palácio do Planalto, e Augusto Heleno, ex-chefe do órgão durante o governo de Jair Bolsonaro (PL). Ainda não há uma data para que os dois prestem depoimento sobre os atos. Nesta quinta, a Coronel Cíntia Queiroz, da Polícia Militar do Distrito Federal, foi ouvida pelos parlamentas. Durante a oitiva, a coronel disse que, na quinta-feira antes dos atos, ela recebeu a informação de que vários ônibus estavam chegando na capital federal e seria necessário reforçar a segurança.Ela convocou uma reunião que foi realizada no dia seguinte, mas alguns órgãos não compareceram, incluindo o GSI. “O protocolo que nós adotamos quando sabemos que vai acontecer alguma coisa é manter contato com os pontos focais. Foi mantido contato, nem todos compareceram. Que eu me lembro, o GSI e a Câmara dos Deputados, de todos os órgãos chamados, foram os que não responderam as ligações”, disse Cíntia. A coronel reforçou que houve uma ginástica da PM na tentativa de acabar com o acampamento que durou cerca de 90 dias após o resultado das eleições. Segundo seu depoimento, a PM não era autorizada a chegar até o acampamento e que o Exército não autorizava o acesso da Polícia Militar. “Quando as tropas da Polícia Militar estavam avançando por determinação do interventor Ricardo Cappelli, que era para fazer a prisão de todos os manifestantes, quando nós chegamos tinha uma tropa de choque do Exército e blindados da Polícia Militar”, continuou a coronel. Cíntia apresentou documentos, reforçando que um planejamento era montado, mas havia dificuldade na execução do plano de retirada dos manifestantes. Ela foi convidada pela alta cúpula da CPI da Câmara Legislativa do DF, que segue convocando novos nomes para depor.
*Com informações do repórter Bruno Pinheiro
Jovem Pan