Mais de 20,2 milhões de moradores do Reino Unido já receberam ao menos a primeira dose da vacina contra a Covid-19. E os resultados práticos da campanha começam a aparecer. O Ministério da Saúde local confirmou na segunda-feira, 1º, que as internações pela doença estão despencando — sobretudo entre quem tem mais de 80 anos. Essa faixa etária, que também está entre as mais vulneráveis, foi uma das primeiras a receber a vacina — praticamente todos já estão imunizados. Os riscos de internação para essas pessoas caíram em mais de 80% para quem recebeu a primeira dose da Pfizer ou da AstraZeneca. Em todo o país são menos de 10 hospitalizações em UTI de pessoas com mais de 80 anos de idade por dia.
De maneira geral, o número de internações no Reino Unido está caindo mais rápido que a taxa de contágio do Covid-19. A decisão de atrasar a aplicação da segunda dose para cobrir o maior número da população possível também está sendo celebrada por aqui. Para colocar em perspectiva: o Brasil, mesmo com todas as suas dificuldades, já distribuiu a segunda dose da vacina para mais de dois milhões de pessoas. O Reino Unido, que decidiu esticar o calendário e só aplicar a dose de reforço depois de 12 semanas, só imunizou 815 mil pessoas duas vezes. Essa queda drástica nas estatísticas de internações, dizem os especialistas daqui, confirma que a estratégia foi acertada.
De qualquer forma, os dados da vida real, coletados nos hospitais e não em estudos científicos, demonstram como as vacinas são importantes. São elas que vão levar ao fim dessa rotina trágica de mortes e lockdown — que na Inglaterra tem data para acabar: 21 de junho. A grande preocupação do momento, no entanto, é a variante de Manaus, que foi descoberta aqui na Grã Bretanha na segunda. Especialistas afirmam que a variante P1 brasileira está contaminando pessoas que já tiveram Covid-19. Por isso, ela pode colocar todo o esforço de vacinação em risco, diminuindo drasticamente a eficácia das vacinas aplicadas.
Jovem Pan