Portal de Notícias Administrável desenvolvido por Hotfix

Jornal da Manhã

Secretária de Torres diz que "nunca viu nem ouviu" sobre minuta de golpe


A ex-assessora do ex-ministro da Justiça Anderson Torres, Gizela Lucy Teixeira Barros, afirmou em depoimento à Polícia Federal nunca ter visto a minuta do decreto presidencial de Estado de Sítio encontrada na casa dele e nem ter ouvido ninguém falar a respeito do assunto com ele no gabinete. A informação foi obtida pela Jovem Pan a partir de um documento de declarações da PF. Segundo Gizela, o documento jamais passou por suas mãos, apesar dela assumir que não lia tudo o que era enviado pelo ministro. Ela trabalhava com Torres desde 2018, quando ele era apenas secretário do Distrito Federal, e continuou com ele no ministério até 2022. Também ocupou as funções de coordenadora de agenda e cerimonial e assessoria de chefia de gabinete. Entre as obrigações dela estavam coordenar secretárias, coordenar reuniões de conselhos do ministério e elaborar relatórios sobre eles, montar a agenda da pasta, além de ser responsável por organizar a mesa do ex-ministro. Apesar da última atividade, Gizela declarou que a triagem de documentos, de quais seriam importantes ou não, era feita pelo próprio Torres, sendo ela responsável apenas pela organização do que era encaminhado a ela. Segundo a ex-assessora, todas as visitas recebidas por Torres foram registradas em agenda oficial pública.

Pessoas ligadas a Anderson Torres afirmaram à Jovem Pan que a minuta de golpe foi enviada à casa do ex-ministro, mas que nunca seria utilizada. Elas disseram que uma faxineira da casa teria encontrado o documento e colocado-o em um armário onde havia receitas médicas da esposa de Torres e artigos religiosos. A minuta foi encontrada dentro de um envelope do Ministério da Justiça. O novo advogado de Torres avalia o caso e aguarda a revisão da prisão, acreditando que ele deverá ser solto nos próximos dias.

Em 2023, Gizela foi nomeada para a função de ajudante de ordens da secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal, que teve Torres como titular, mas não chegou a tomar posse. Questionada pela PF sobre ações e omissões de Anderson Torres em relação aos atos de vandalismo realizados em Brasília no dia 8 de janeiro deste ano, ela afirmou que as ações não foram imaginadas em dezembro pela equipe que iria compor a SSP-DF. Ela ainda declarou que o Ministério da Justiça passou todo o mês de dezembro avaliando acertos da gestão Bolsonaro para dar continuidade na gestão de Brasília e que todos sabiam que Torres iria tirar férias “após quatro anos de trabalho interrupto” e que ele se encontrava em um estado de exaustão.

*Com informações do repórter Bruno Pinheiro

Jovem Pan

Jornal Da Manhã Política Anderson Torres Brasilia DF Estado De Sítio Governo Bolsonaro Jair Bolsonaro Ministro Da Justiça Minuta Minuta De Golpe

Assine o Portal!

Receba as principais notícias em primeira mão assim que elas forem postadas!

Assinar Grátis!

Assine o Portal!

Receba as principais notícias em primeira mão assim que elas forem postadas!

Assinar Grátis!