Acusados de torturar, matar e tentar ocultar corpo de empresário isentam jovem do crime

"Genro" foi ouvido para esclarecimentos e liberado logo em seguida, comprovado que ele havia sido um "inocente útil"

Acusados de torturar, matar e tentar ocultar corpo de empresário isentam jovem do crime

As investigações da morte de empresário Gilmar Alencar tomaram novos rumos neste começo de semana. Isto porque em depoimento o dono do lava-jato que foi preso acusado do crime inocentou o namorado de sua enteada. Ele disse à Polícia Civil que o jovem não sabia da trama criminosa. O crime aconteceu na quarta-feira passada (24), quando Gilmário foi ao estabelecimento para receber o dinheiro que havia emprestado, e os acusados foram presos na sexta-feira (26).

"De acordo com o que o acusado informou, ele e os funcionários teriam torturado e assassinado por estrangulamento o dono da funerária dentro do lava-jato, ele levou a caminhonete da vítima, uma Hilux, até o posto de combustíveis em Arapiraca (onde o veículo foi abandonado) e, em seguida, ligou para o rapaz pedindo que este fosse buscá-lo, mas não informou o que havia ocorrido. O jovem teria ido até o posto, deu carona ao empresário e deixou-o no lava-jato. De lá, o acusado e os dois funcionários levaram o corpo da vítima à zona rural de Olho d'Água das Flores, onde ele foi queimado", explica um policial que pediu para não ser identificado.

A versão bate com a do 'genro' do acusado, que afirmava veementemente que não havia participado nem sabia da trama.

De acordo com o delegado Gustavo Xavier, da Divisão Especial de Investigações e Capturas, os acusados simularam um sequestro do dono da funerária, Gilmário Alencar, para, além de não pagar a dívida, ainda tirar dinheiro da família do empresário.

Quando os policiais foram em busca dos acusados, um dos funcionários do lava-jato abriu fogo contra a polícia, que revidou e ele acabou morto. O outro empregado, o dono do lava-jato, identificado como Henrique, e o 'genro' dele foram levados para a delegacia. O rapaz foi liberado e os outros dois continuam preso.


Tonel onde o corpo de Gilmário foi incinerado