O ex-presidente da França, Nicolas Sarkozy, foi condenado a três anos de prisão nesta segunda-feira, 1, pelos crimes de corrupção e tráfico de influência. Ele foi acusado de oferecer, em troca de ajuda, um emprego no Principado de Mônaco ao juiz que cuidava de outro processo envolvendo o seu nome. Apesar de ter sido condenado a três anos de prisão, dois foram suspensos e um poderá ser cumprido em prisão domiciliar ou em vigilância com o uso de tornozeleira eletrônica. Além disso, Sarkozy ainda pode recorrer da sentença.
O veredito foi a conclusão de apenas um dos muitos processos contra o ex-presidente, envolvido em uma complexa rede de casos de impropriedade financeira desde que deixou o cargo em 2012. No final deste mês, Sarkozy deve ser julgado sobre a acusação de que excedeu o limite de gastos de campanha em 2012. A acusação mais séria e antiga, no entanto, é a de que sua campanha de 2007 recebeu financiamento ilegal do governo da Líbia, que estava então sob o comando do coronel Muammar al-Kadafi.
Até o veredito desta segunda-feira, 1, apenas um presidente da história recente da França havia sido considerado culpado por um tribunal: Jacques Chirac, que em 2011 foi acusado de desvio e mau uso de fundos públicos quando ainda era prefeito de Paris. No entanto, Chirac foi julgado à revelia por causa de sua saúde mental precária e no ano passado Sarkozy se tornou o primeiro presidente francês a comparecer fisicamente a seu próprio julgamento desde 1945. Nesta segunda-feira, 1, ele também se tornou o primeiro a receber pena de encarceramento após julgamento.
Jovem Pan