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Autoridades chilenas confirmaram ainda 554 feridos em virtude dos incêndios florestais que afetam o sul do país As autoridades chilenas confirmaram 22 mortos e 554 feridos em virtude dos incêndios florestais que afetam o sul do país. Mais cedo neste sábado (4), o governo já havia decretado estado de catástrofe para mobilizar todos os recursos contra a onda de incêndios nas regiões de Araucanía, Bíobío e Ñuble.Do número total, 16 morreram em Bíobío, cinco em Araucanía e um em Ñuble. A ministra do Interior, Carolina Tohá Tohá, também informou pelo menos 10 desaparecidos e mais de 1.400 abrigados.De acordo com o último relatório oficial, 80 focos estão sendo contidos, de um total de 251 ativos. Destes, 151 foram controlados – sem que, contudo, tenham sido ainda totalmente extintos. Do total de incêndios, 76 começaram na sexta-feira, informaram as autoridades.Segundo Tohá, 28 dos incêndios "são equivalentes em superfície ao que se queima num ano inteiro". A ministra acrescentou que se registraram níveis históricos em várias localidades da zona.Segundo dados do Serviço Nacional de Prevenção e Resposta a Desastres (Senapred), 88 residências foram destruídas pelo fogo em Bíobío e os danos são avaliados em mais 398 entre as três regiões.O incêndio atingiu também 15 estabelecimentos de ensino, dois centros de saúde e um hospital que teve de ser evacuado preventivamente. Espera-se que em breve possa voltar a ser ocupada.As autoridades se mostram muito preocupadas com as perspectivas para segunda-feira, quando se prevê que as altas temperaturas, ventos fortes e baixa umidade compliquem o combate às chamas.O governo informou que já foi solicitada ajuda de países próximos, como Argentina, Brasil, México, além de Espanha e Estados Unidos. A Argentina já confirmou o envio de equipamentos.“Acabei de falar com o presidente Alberto Fernández para coordenar e agradecer o apoio da República Argentina no combate aos incêndios. Além de brigadistas, receberemos maquinário. não os deixarei sozinhos!”, tuitou o presidente Gabriel Boric, que interrompeu suas férias para atender a emergência.Mais de 3.000 bombeiros estão no local para reforçar as equipes de campo que combatem os incêndios, além de 1.834 integrantes das Forças Armadas.