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Ex-ministro da Justiça está nos Estados Unidos e foi exonerado do cargo de secretário de Segurança do Distrito Federal após os ataques aos prédios do Congresso, Planalto e STF O ex-ministro da Justiça Anderson Torres afirmou hoje que foi alvo de golpistas e teve o WhatsApp clonado.Alvo de mandado de prisão expedido pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), Torres está nos Estados Unidos e foi exonerado do cargo de secretário de Segurança do Distrito Federal no domingo (8) após os ataques aos prédios do Congresso, Planalto e STF.Torres falou sobre o problema com o aplicativo de mensagens em uma postagem no Instagram. "Olá, clonaram meu WhatsApp, não aceitem nenhuma mensagem ou ligação", postou.Ex-ministro da Justiça, Anderson Torres diz que teve WhatsApp clonado em mensagem em rede socialReprodução/InstagramNesta terça, o interventor na Segurança Pública do Distrito Federal, Ricardo Cappelli afirmou que a manifestação golpista promovida por militantes bolsonaristas foi possível por causa da "operação de sabotagem" nas forças de segurança locais, naquele momento comandadas Torres.A afirmação também foi feita pelo atual ministro da Justiça, Flávio Dino. Segundo ele, o efetivo da PM na Esplanada no dia dos ataques era menor do que o necessário para conter os golpistas."Havia um efetivo planejado e um efetivo real, em um certo momento esse efetivo era 3 ou 4 vezes menor que o planejado. Por que aconteceu isso? Realmente a cadeia de comando da polícia do DF que vai responder", disse Dino.À “Folha de S.Paulo” Torres se defendeu no domingo (8) e afirmou que não foi leniente. "Não houve leniência, é a primeira vez que tiro férias em muito tempo. O planejamento foi feito", disse. O ex-ministro também afirmou que há mentiras sendo contadas."Não vim para os EUA para encontrar Bolsonaro. Não me encontrei com ele em nenhum momento. Estou de férias com a minha família. Não houve nenhuma trama para que isso [os atos golpistas] ocorresse", declarou.Torres, que é policial federal, também já estava na mira das investigações relatadas por Alexandre de Moraes.Ele foi ouvido e apontado como um dos envolvidos na organização da live de 29 de julho de 2021 quando o então presidente Jair Bolsonaro levantou suspeita sobre a segurança das urnas sem apresentar provas.