Valor Invest
Uma série de rumores questionando a solvência da corretora tomaram o mercado no fim de 2022 A empresa de corretagem e casa de análise Bernstein Research e a plataforma de análise de blockchain CryptoQuant defenderam o balanço da maior corretora de criptomoedas do mundo, a Binance, depois da solidez das contas da exchange ter sido posta à prova no final do ano passado. No caso da Bernstein Research, um braço da gestora AllianceBernstein, a companhia escreveu no relatório Global Digital Assets 2023 Outlook que a Binance é “solvente, líquida e estável”. A prova disso, de acordo com a empresa, seriam os US$ 55 bilhões em endereços verificáveis em cold wallets (carteiras digitais sem acesso à internet) que a exchange possui. Já a CryptoQuant publicou uma análise da Prova de Reservas da Binance que a consultoria Mazars auditou no ano passado. A auditoria provocou polêmica em dezembro, quando a Mazars retirou do ar toda a seção de seu site dedicada a auditorias de corretoras de criptomoedas, o que contribuiu para a série de notícias negativas que atingiram a corretora fundada por Changpeng Zhao nas últimas semanas de 2022. Segundo a CryptoQuant, os passivos da Binance são 97% garantidos pelos ativos da exchange e a colateralização chega a 101% quando se leva em conta o bitcoin emprestado para clientes. “Para avaliar os dados no relatório de Prova de Reservas da Binance, comparamos os passivos da Binance expressos no relatório com os dados da métrica on-chain Binance BTC Reserve da CryptoQuant (nossa estimativa dos depósitos dos clientes da Binance). Descobrimos que os passivos relatados pela Binance estão muito próximos de nossa estimativa (99%)”, escreve a plataforma. A CryptoQuant conclui que os ativos da corretora não estão apresentando um comportamento parecido com o da FTX até agora. “Além disso, a Binance tem uma "reserva limpa" aceitável, o que significa que seu próprio token, o BNB, ainda está em uma proporção baixa de seus ativos totais”, acrescenta a empresa.