A deputada federal Bia Kicis (PL-DF), junto ao também deputado Junio Amaral, tiveram seus perfis nas redes sociais suspensos na tarde desta segunda-feira, 5. De acordo com o anúncio da própria parlamentar, o bloqueio é resultado de uma decisão judicial á mando do ministro Alexandre de Moraes, da qual ela diz não ter tido acesso. Bia é investigada no inquérito das Fake News, que corre em sigilo no Supremo Tribunal Federal. Além dela e de Junio, a deputada Carla Zambelli e outras dezenas de empresários, políticos e apoiadores também estão suspensos da plataforma à mando de Moraes. Também nesta segunda-feira, Zambelli anunciou por meio de vídeos que Alexandre de Moraes não autorizou sua volta às redes sociais. Em entrevista ao programa Pingos nos Is, a deputada Bia Kicis ressaltou que “qualquer um pode ser alvo de Alexandre de Moraes”, mas mostrou-se surpresa com a decisão. “Recebi por meio de alguém das plataformas, que recebeu essa ordem de, em duas horas, bloquear as minhas redes sob pena de R$ 100 mil a hora”, explicou a parlamentar que acusou o ministro de, não apenas calar um parlamentar, mas de violar a essência da profissão “que é falar”. Bia também informou que conversou com o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), e que o mandatário garantiu que há um trabalho junto ao Supremo para acabar com possíveis censuras parlamentares e cobrou o político para atuar em prol dos congressistas. “Precisamos que Lira aja com rigor, com firmeza. Ele é chefe de um Poder e não pode permitir que isso continue acontecendo”, disse. Kicis também se colocou como oposição ao governo eleito de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e afirmou que, para exercer o papel contrário ao novo presidente, é necessário ter liberdade. “Não podemos ser cassados. Temos que ter imunidade parlamentar. Não temos confiança nisso, o momento é de grande apreensão porque não estamos sob o império das leis. Não sabemos como o Alexandre vai interpretar um vídeo ou algo que você poste”, pontuou.
Fonte: Jovem Pan