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G20 promete ações para proteger estabilidade financeira contra crises


Os líderes dizem que “no momento crítico de hoje para a economia global, é essencial que o G20 empreenda ações tangíveis, precisas, rápidas e necessárias, para enfrentar desafios comuns” O americano Joe Biden, o chinês Xi Jinping e os outros líderes do G20 vão se comprometer a utilizar todas as ferramentas disponíveis, permanecer "ágeis e flexíveis" em suas políticas macroeconômicas e proteger a estabilidade financeira, em reação á pior crise econômica e geopolítica dos últimos tempos.

O Valor teve avesso à declaração final que está sendo discutida entre os chefes de Estado e de governo das maiores economias do mundo em Bali (Indonésia), em meio a crescentes tensões geopolíticas, e num momento que eles chamam de “crises multidimensionais sem paralelo”.

Os líderes dizem que “no momento crítico de hoje para a economia global, é essencial que o G20 empreenda ações tangíveis, precisas, rápidas e necessárias, utilizando todas as ferramentas políticas disponíveis, para enfrentar desafios comuns, inclusive através da cooperação internacional de políticas macro e colaborações concretas”.

Os líderes do G20 listam o que têm em mente:

Manter-se ágeis e flexíveis em nossas respostas e cooperação em matéria de política macroeconômica. Faremos investimentos públicos e reformas estruturais, promoveremos investimentos privados e fortaleceremos o comércio multilateral e a resiliência das cadeias de fornecimento globais, para apoiar o crescimento a longo prazo, sustentável e inclusivo, verde e transições justas. Asseguraremos a sustentabilidade fiscal de longo prazo, com nossos bancos centrais comprometidos em alcançar a estabilidade de preços.

Proteger a estabilidade macroeconômica e financeira e manter o compromisso de utilizar todas as ferramentas disponíveis para mitigar os riscos de queda, observando as medidas tomadas desde a Crise Financeira Global para fortalecer a resiliência financeira e promover financiamentos e fluxos de capital sustentáveis.

Tomar medidas para promover a segurança alimentar e energética e apoiar a estabilidade dos mercados, fornecendo apoio temporário e direcionado para amortecer o impacto dos aumentos de preços, fortalecendo o diálogo entre produtores e consumidores e aumentando o comércio e os investimentos para as necessidades de segurança alimentar e energética de longo prazo, alimentos resilientes e sustentáveis, fertilizantes e sistemas energéticos.

Liberar mais investimentos para países de baixa e média renda e outros países em desenvolvimento, através de uma maior variedade de fontes e instrumentos de financiamento inovadores, inclusive para catalisar o investimento privado, a fim de apoiar a realização dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentáveis (SDG, na sigla em ingles). Pedimos aos Bancos Multilaterais de Desenvolvimento que apresentem ações para mobilizar e fornecer financiamento adicional dentro de seus mandatos, para apoiar a realização dos ODS, inclusive através de desenvolvimento sustentável e investimentos em infra-estrutura, e para responder aos desafios globais.

Recomeçar a acelerar a realização dos ODS (Objetivos de Desenvolvimento, alcançando prosperidade para todos através do desenvolvimento sustentável.

A expectativa é de que a declaração final venha a ter consenso. Durante todo o ano, o G20 não conseguiu fechar uma declaração final nos encontros ministeriais, por causa das divergências envolvendo a invasão da Ucrania pela Russia.

“Estamos profundamente preocupados com os desafios à segurança alimentar global, exacerbados pelos conflitos e tensões atuais”, diz o texto em discussão entre os líderes. Eles se comprometer “a tomar ações urgentes para salvar vidas, prevenir a fome e a desnutrição, particularmente para enfrentar as vulnerabilidades dos países em desenvolvimento, e apelamos para uma transformação acelerada em direção a uma agricultura sustentável e resiliente e a sistemas e cadeias de fornecimento de alimentos”.

Também se comprometem a proteger os mais vulneráveis da fome, utilizando todas as ferramentas disponíveis para enfrentar a crise alimentar global. “Tomaremos outras ações coordenadas para enfrentar os desafios de segurança alimentar, incluindo aumentos de preços e escassez de commodities alimentares e fertilizantes globalmente”, acrescentam.

Divulgação

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