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Volatilidade dos ativos brasileiros deve permanecer elevada, diz Barclays


“No curto prazo, o mercado continuará a reagir às manchetes”, aponta Juan Prada, estrategista de câmbio e juros para América Latina É provável que a volatilidade dos ativos brasileiros permaneça elevada, na medida em que o mercado aguarda detalhes sobre como os gastos sociais serão financiados em 2023 e a nomeação dos principais membros do gabinete do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT). “No curto prazo, o mercado continuará a reagir às manchetes”, aponta Juan Prada, estrategista de câmbio e juros para América Latina do Barclays.

Em relatório enviado a clientes, Prada nota que, na semana passada, a curva de juros ganhou inclinação, com alta forte das taxas de longo prazo em relação aos juros intermediários, ao se ter em vista que essa posição costuma ser uma defesa natural contra o aumento dos riscos fiscais. “Vemos espaço para uma maior inclinação, em caso de piora nas manchetes”, diz o estrategista, ao lembrar sobre a possibilidade de que gastos sociais sejam retirados total e permanentemente do teto, o que continuaria a pesar nos ativos domésticos.

Já em relação ao médio prazo, o Barclays continua com uma visão construtiva em relação ao real, diante de um crescimento econômico ainda resiliente e de um risco político em declínio. “Mas estamos mais cautelosos no curto prazo com o ruído fiscal”, ressalta Prada.

Edilson Dantas/Agência O Globo

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