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Dólar destoa do exterior e exibe queda firme contra o real, com PEC da Transição no foco


Participantes do mercado passam a colocar nos preços um cenário de expansão fiscal menor O processo de transição de governo continua no centro das atenções dos agentes financeiros no pregão desta segunda-feira e, com a indicação dos partidos do Centrão de que pretendem impor restrições à PEC da Transição, o mercado de câmbio tem um novo dia de acomodação. O dólar, assim, opera em queda firme contra o real, na medida em que os participantes do mercado passam a colocar nos preços um cenário de expansão fiscal menor. O movimento, inclusive, destoa do exterior, onde a moeda americana se ajusta em alta contra divisas de mercados principais e emergentes.

Perto das 10h, o dólar era negociado a R$ 5,2826 no mercado à vista, em queda de 0,98%, enquanto o dólar futuro para dezembro recuava 1,33%, para R$ 5,3015.

Enquanto ainda aguarda com ansiedade o nome de quem comandará o Ministério da Fazenda a partir de 2023 e de quais serão os integrantes da equipe econômica e a regra fiscal a ser adotada à frente, o mercado se atém a sinais de curto prazo de que os gastos acima do teto previstos na PEC da Transição podem ser limitados. O ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, se disse favorável à proposta, desde que a exceção ao teto fique limitada a garantir o pagamento do Auxílio Brasil em R$ 600 mensais e a um salário mínimo que permita um ganho superior à inflação.

“Os investidores continuam atentos às notícias sobre a fase de transição do governo, após o fim do período eleitoral, onde o foco se concentra nas movimentações do Congresso para possível votação da PEC da Transição que remete a um aumento de gastos para compensar programas de transferência de renda a partir do próximo ano”, notam analistas do Banco do Brasil em nota enviada a clientes. Para eles, o debate entre líderes políticos sobre a mudança da regra atual do teto de gastos continuam, “enquanto os agentes do mercado aguardam sinalizações sobre eventuais riscos para o quadro fiscal”.

O movimento do Centrão, nesse cenário, contribui para uma queda do dólar no mercado local, mesmo com um ambiente externo que mostra alguma recuperação da moeda americana, após a forte desvalorização do dólar global na semana passada. Assim, no horário acima, o índice DXY, que mede o desempenho da divisa americana contra uma cesta de outras seis moedas principais, subia 0,73%, para 107,073 pontos, enquanto o dólar avançava 0,33% ante o rand sul-africano; tinha alta de 0,59% em relação à lira turca; e saltava 0,91% contra o peso colombiano.

Karolina Grabowska/Pexels

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