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Aura Minerals reverte prejuízo e tem lucro de US$ 70 mil no 3º trimestre

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De julho a setembro, a receita líquida da Aura somou US$ 81,2 milhões, recuo de 16,4% na comparação anual A Aura Minerals, mineradora de ouro e cobre canadense que negocia BDRs na B3, encerrou o terceiro trimestre com lucro líquido de US$ 70 mil, comparável ao prejuízo de US$ 14,6 milhões um ano antes influenciado por uma baixa de ativos na mina Gold Road, de US$ 25,8 milhões. Frente ao segundo trimestre, porém, o lucro recuou 99,5%, na esteira do resultado operacional mais fraco.

De julho a setembro, a receita líquida da Aura somou US$ 81,2 milhões, recuo de 16,4% na comparação anual, refletindo a produção de ouro abaixo do esperado em Honduras e a queda dos preços do cobre. No período, a companhia produziu 58,2 mil onças equivalentes de ouro, 5,5% inferior ao registrado um ano antes.

A desvalorização do cobre — que tem impacto no cálculo da produção em GEO (onças equivalentes de ouro) — e a menor produção na mina de San Andres, por causa de chuvas acima da média histórica e da troca do operador do projeto hondurenho, com perda de eficiência no trimestre, explicam a queda no volume produzido.

“Foi um trimestre um pouco mais difícil do que gostaríamos, com os eventos em Honduras e a piora do preço dos metais, mas a agenda estratégica está sendo cumprida”, disse o presidente da Aura Minerals, Rodrigo Barbosa.

No trimestre, os investimentos em expansão somaram US$ 81 milhões, com a conclusão da compra da Big River Gold, dona do projeto Borborema, por meio de uma joint venture com a Dundee Resources.

Já o resultado antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) da companhia totalizou US$ 16,7 milhões, queda de 57,4% frente ao terceiro trimestre de 2021, também refletindo a piora dos preços do cobre e a produção abaixo do esperado em Honduras.

Projeções

Para o quarto trimestre, a expectativa é de “recuperação importante” do ritmo de produção, com a contínua melhoria de produtividade em San Andres vista já em setembro e de teores maiores no Brasil, chegando a uma faixa de 70 mil a 75 mil onças equivalentes.

Ainda assim, sobretudo por causa da desvalorização do cobre, a Aura Minerals revisou para baixo a projeção de produção em 2022, da faixa de 260 mil a 270 mil onças equivalentes de ouro para o intervalo de 245 mil a 250 mil onças equivalentes.

Conforme Barbosa, somente a queda de preço do cobre tem um impacto negativo na produção de 10 mil onças equivalentes. “Não fosse o preço do cobre, o guidance seria de 255 mil a 260 mil onças equivalentes”, comentou.

Ao mesmo tempo, a Aura elevou a projeção de produção no longo prazo a partir da incorporação do projeto Borborema. Agora, prevê para 2025 produção de mais de 450 mil onças equivalentes, com expansão de 67% frente a 2021.

A mineradora também elevou a previsão de custos anuais de caixa de US$ 803 a US$ 853 por onça para US$ 875 a US$ 899 por onça.

Mina de ouro da Aura Minerals, em Aranzazu, México

Diulvação

Fonte: Valor Invest

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