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Defesa segue com desconfianças sobre urnas após simulação do projeto do TSE para agradar militares


Militares estariam esperando publicação de portaria do presidente do TSE com detalhes sobre “procedimentos técnicos relacionados ao teste” O projeto-piloto do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que prevê o uso de biometria no teste de integridade das urnas, não encerrou as desconfianças no Ministério da Defesa com relação ao sistema eleitoral brasileiro, disseram fontes militares ao Valor sob a condição de anonimato.

Essas fontes dizem ainda esperar detalhes sobre “procedimentos técnicos relacionados ao teste”, sem especificar que detalhes seriam esses. Os militares esperam que esses “detalhes técnicos” sejam publicados em portaria do presidente do TSE, ministro Alexandre de Moraes.

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A corte realizou nesta quinta-feira (15) a simulação do projeto-piloto, feito com base em uma reivindicação de técnicos do Exército. O teste, no entanto, não contou com a participação dos representantes da Forças Armadas.

“Acredito que seja um evento interno do TSE. Planejar, preparar e simular é o que instituições sérias e competentes como o TSE fazem para cumprir suas missões. Não vejo o porquê de a Defesa ser convidada. Há várias outras entidades fiscalizadoras”, disse uma fonte militar.

Das entidades fiscalizadoras do processo eleitoral, apenas o Tribunal de Contas da União enviou representante. Também houve a participação de membro da Procuradoria-Geral Eleitoral (PGE).

Na segunda-feira (12), reportagem do jornal “Folha de S.Paulo” informando que o TSE autorizaria uma “contagem paralela” dos votos pelas Forças Armadas aumentou um mal-estar entre a Corte e os militaes, que Moraes vinha trabalhando para mitigar.

Esse clima ruim ocorre em um contexto em que o presidente Jair Bolsonaro vêm contestando, sem apresentar nenhuma prova, a idoneidade do sistema eleitoral. Nos últimos dias, ele vêm dando declarações dúbias sobre se reconhecerá uma eventual derrota nas urnas.

Ele tem dito que respeitará o resultado “se houver eleições limpas”.

As falas do presidente têm gerado apreensão dentro e fora do país. Veículos como a “The Economist” e o britânico “The Guardian” já manifestaram essa preocupação. O jornal londrino chegou a escrever que “não importam os eleitores, Bolsonaro planeja vencer”.

O mandatário tenta a reeleição neste ano, mas está atrás do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas pesquisas de intenção de voto. Na segunda-feira, o Ipec mostrou Lula com 46% das intenções de voto, contra 31% de Bolsonaro.

Alejandro Zambrana/Secom/TSE

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