A gasolina vendida pela Petrobras às refinarias fica R$ 0,25 mais barata, em média, nas refinarias da empresa a partir desta sexta-feira, 2. De acordo com especialistas ouvidos pela Jovem Pan News, há espaço para novas futuras quedas, tanto no preço do diesel, quanto no preço da gasolina, que desde julho já está na quarta queda consecutiva. Isso se deu pela redução do preço internacional do barril de petróleo e pela variação do dólar frente ao real no mercado interno brasileiro. A Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom) apontou que nesta quinta-feira, 1, o litro da gasolina estava R$ 0,36 mais caro do que o litro de referência internacional. A Petrobras reduziu em 7,08% o preço do litro do combustível nas refinarias, o que faz com que ele custe R$ 3,28 centavos para as distribuidoras, valor anterior era de R$ 3,53. De acordo com o diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE), Pedro Rodrigues, é possível se esperar nas próximas semanas novas reduções nos preços dos combustíveis, principalmente da gasolina, que tem uma vantagem em relação aos preços internacionais.
“O anúncio da Petrobras de redução do preço da gasolina mostra que a companhia continua seguindo a tendência do mercado internacional. O preço do barril de petróleo vem apresentando queda. E a curva futura também vem apresentando queda. Além disso, o câmbio no Brasil também tem caído. Isso permitiu com que a empresa anunciasse a redução do preço da gasolina vendida na refinaria. A gente pode ver, nas próximas semanas, possivelmente um anúncio da companhia de redução no preço do diesel e, principalmente, do preço do GLP, o gás de cozinha, que está com uma defasagem muito alta no Brasil, em relação ao mercado internacional”, declarou Rodrigues. O presidente da Associação Brasileira de Investidores (Abradin), Aurélio Valporto, também acredita em reduções futuras e considerou a última queda relativamente modesta: “Isso não é nenhuma benesse concedida pela empresa. De fato, se ela seguisse à risca a própria política de preços, a PPI, a redução deveria ser de pelo menos 15%, uma vez que o Brent vem negociando consistentemente abaixo de US$ 90 no mercado internacional. Essa política de preços da Petrobras tem causado inflação e desemprego no Brasil e resultado em lucros abusivos para a Petrobras, que se revertem em mera distribuição de dividendos, mais da metade deles para acionistas estrangeiros. Ou seja, são divisas deixando o país”.
*Com informações do repórter Rodrigo Viga
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