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Criptomoedas iniciam setembro em baixa com atenção voltada para atualização do ethereum


bitcoin mostra dificuldade de manter o patamar de US$ 20 mil em meio ao mau humor que prevalece nos negócios com ativos de risco As principais criptomoedas iniciaram setembro com leve baixa, com os investidores atentos a indicadores macroeconômicos e à atualização do ethereum, que entra na reta final na próxima semana.

Maior das criptomoedas, o bitcoin mostra dificuldade de manter o patamar de US$ 20 mil em meio ao mau humor que prevalece nos negócios com ativos de risco, em particular as ações de tecnologia e aquelas com maior potencial de crescimento. Durante os negócios na Ásia, o bitcoin perdeu novamente os US$ 20 mil, mas retomou esse patamar no início da manhã no ocidente.

Já o ether, moeda digital do ecossistema ethereum, tenta avançar para a casa de US$ 1.600 antes da atualização do protocolo, cuja primeira fase acontece na terça-feira. Apesar do entusiamo dos desenvolvedores ligados à blockchain, prevalece um certo clima de suspense capitaneado por grupos dissidentes que planejam continuar utilizando o sistema de mineração para autenticação das transações e dados hoje utilizados.

Perto das 9h20 (horário de Brasília), o bitcoin era negociado a US$ 20.072,17, com desvalorização de 1,4% nas últimas 24 horas, segundo o CoinGecko. Já o ether estava em US$ 1.578,06, com baixa de 1,5%. A capitalização total das criptomoedas somadas era de US$ 1,1 trilhão. Em reais, o bitcoin estava em R$ 104.480,95 (baixa de 0,4%) e o ether em R$ 8.206,16 (baixa de 0,63%).

André Franco, chefe de pesquisa do MB, destaca que o bitcoin e ether seguem com baixa oscilação desde a semana passada, sem força para se distanciar dos demais mercado de risco.

“Isso marca o sétimo dia de uma lateralização nos preços do bitcoin que oscilam em torno dos US$ 20 mil. O mesmo tem acontecido com o ether, no qual os preços têm oscilado em torno dos US$ 1.600 dólares. Nos dados on-chain os investidores de longo prazo (LTH) seguem em tendência de acumulação e se aproximando do ponto máximo anterior de 13,5 milhões de bitcoins”, disse.

Agosto terminou com perdas para as criptomoedas em geral após a recuperação em julho. O bitcoin teve baixa de 13% depois de subir 17% em julho, enquanto o ethereum recuou 6% após disparar 57% no mês anterior.

Para Ayron Ferreira, analista-chefe da Titanium Asset Management, o mercado segue muito sensível aos indicadores econômicos, particularmente os de inflação e mercado de trabalho.

“Caso os dados de emprego venham mais fortes do que o esperado, poderemos ver uma piora do sentimento do mercado, pois reforçará a possibilidade de uma alta de 0,75 ponto percentual ou até mais agressiva na próxima reunião do [Comitê Federal de Mercado Aberto] Fomc”, disse.

José Artur Ribeiro, CEO da Coinext, prevê intensa volatilidade para o ethereum nos próximos dias, conforme fica mais próxima a data de atualização da maior rede de blockchain em uso comercial. “Notícias e especulações sobre o andamento da atualização da rede, "The Merge", ainda podem forçar o preço para abaixo dos US$ 1.500 até o dia do lançamento”, disse. Ribeiro argumenta que caso o processo seja concluído dentro do prazo e de forma bem sucedida, será visto um forte movimento de alta na moeda digital do protocolo.

“Afinal, a troca de consenso deve trazer vantagens em escalabilidade, economia energética e segurança para a rede Ethereum, fatores que são essenciais para a maior utilização e, consequentemente, aumento da demanda pelo ativo. Pessoalmente, estou sentindo que a atualização será um sucesso e o preço deve alcançar novamente o patamar de US$ 2 mil nos próximos meses”, projeta.

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