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Ao JN, Tebet promete dar transparência ao Orçamento secreto por portaria e fala em extrapolar teto em R$ 60 bilhões em 2023


A candidata do MDB à Presidência, senadora Simone Tebet (MS), afirmou nesta sexta-feira em entrevista ao "Jornal Nacional", da TV Globo, que será necessário extrapolar o teto de gastos em R$ 60 bilhões no próximo ano para garantir recursos a programas de transferência de renda. A candidata disse que para fazer este gasto extra-teto ela poderia "decretar a continuidade do estado de calamidade, ou de emergência". "Dizer ao prefeito: faça sua parte", explicou. De acordo com a senadora, este gasto será necessário para a manutenção do atual auxílio emergencial em R$ 600.

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Simone Tebet disse na sabatina de 40 minutos dos jornalistas William Bonner e Renata Vasconcellos que, se eleita, dará transparência ao chamado Orçamento secreto por meio de uma simples portaria, que obrigasse os ministérios a detalharem todas as contas de sua pasta para saber a destinação dos recursos.

A senadora foi evasiva e não esclareceu ao ser perguntada como pretende cumprir as promessas feitas em meio a um cenário econômico desfavorável. “Temos compromisso fiscal, mas como meio para alcançar a responsabilidade social”, disse. Tebet colocou como prioridades “erradicar a miséria, diminuir a pobreza e acabar com a fome”.

Para a senadora, ao acabar com o Orçamento secreto, o governo terá recursos para custear a construção de “um milhão de casas para 250 mil famílias que ganham até 1,5 salário mínimo”. Ela não detalhou como chegou a essa conclusão.

A senadora disse ainda pretender votar a reforma tributária na Câmara e no Senado em apenas seis meses, iniciando a votação ainda este ano no Senado, onde ela atuaria na situação simultânea de senadora e presidente eleita. Está com a tramitação parada no Senado a PEC 110, de relatoria do senador Roberto Rocha (PSDB-MA). O tema se arrasta sem solução no Congresso há décadas, por divergências entre os Estados e dentro do próprio setor privado.

Na reforma tributária, segundo Tebet será preciso “garantir mais espaço para a classe média”. “Temos que fazer com que a classe média possa não pagar o Imposto de Renda. Para isso só tem um caminho: tirar dos mais pobres e pedir para os mais ricos. Sou a favor da taxação dos lucros e dividendos. Essa é discussão madura que temos, com todo equilíbrio, que colocar para a população”, disse. “A gente mexe na tabela do Imposto de Renda à medida em que cobra essa taxa de lucros e dividendos. É a lei Robin Hood”, afirmou. “Vamos pedir para que contribuam minimamente para o país.”

Questionada se pretende aumentar o número de isentos do IR, a candidata disse que sim. “Vamos alcançar o máximo possível a classe média, isentar o máximo possível essas faixas”, declarou. Tebet, no entanto, não detalhou quais serão as faixas nem que mudanças pretende efetivamente implementar. “Não vou cometer estelionato eleitoral, ninguém vai aqui colocando números.”

A sabatina iniciou com a jornalista Renata Vasconcellos relembrando o envolvimento do MDB em diversos escândalos de corrupção nos governos Lula, Dilma e Temer. Foi a ocasião para a senadora colocar na conta da ala lulista do partido o passivo de problemas de corrupção na sigla. "Tem sim uma meia dúzia que esteve envolvida no escândalo do petrolão do PT, e que não estão conosco", disse.

Simone Tebet lembrou que integrantes do MDB tentaram impedir sua candidatura para apoiar o PT e disse que tentaram “puxar o tapete” para impedi-la de disputar à Presidência da República.

“Aliás, tentaram puxar o meu tapete até a pouco tempo atrás. Se tivesse um tapete aqui, eu já tinha caído da cadeira também”, afirmou. “Eu tive que vencer uma maratona com muitos obstáculos.”

“Eu não sou mais candidata do MDB, mas do MDB, PSDB, Cidadania, Podemos e de legião de pessoas que não querem mais voltar ao passado”, disse Tebet.

A candidata se disse emocionada ao falar de problemas sociais do país, com o crescimento da fome e da miséria, e culpou os governos do PT e do presidente Jair Bolsonaro por não combater a desigualdade social. “Quem está aqui é a alma da mulher brasileira, coração de mãe que não aguenta mais ver o que está acontecendo nas ruas.”

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