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Commodities: Açúcar sobe mais de 3% em NY, sua alta mais forte no ano


Algodão e suco de laranja também avançaram; café e cacau encerraram o dia em queda Com forte atuação de fundos especulativos na sessão, açúcar e algodão tiveram alta expressiva na bolsa de Nova York sexta-feira. Nas negociações do açúcar, os contratos do demerara para outubro, os mais negociados, subiram 3,18%, a 18,47 centavos de dólar por libra-peso, e os lotes de segunda posição, para março do ano que vem, avançaram 2,76% a 18,27 centavos de dólar por libra-peso.

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Segundo o analista Marcelo Filho, da StoneX, a alta de hoje — a mais forte em um só pregão desde setembro do ano passado — indica uma provável reorganização das posições dos fundos de investimento, que tinham saldo líquido vendido (o que sugere aposta na baixa do produto) na semana passada, segundo a Comissão de Negociação de Futuros de Commodities (CFTC). “É provável que o mercado esteja, agora, um pouco menos vendido, ou até comprado (apostando na alta)”, disse.

Os ajustes de posições refletiram, possivelmente, o resultado decepcionante da moagem brasileira na primeira quinzena de agosto, segundo o analista da StoneX. No período, o processamento totalizou 2,6 milhões de toneladas, um volume 12% inferior ao do mesmo período de 2021, de acordo com a União das Indústrias de Cana-de-Açúcar (Unica).

“O mercado já esperava que [a moagem em] agosto fosse menor porque julho foi excelente, mas a primeira quinzena foi um balde de água fria. As chuvas nesse período foram bem acima da média no Centro-Sul, o que prejudicou a colheita”, explicou. É provável, segundo Marcelo Filho, que a cana que ainda não foi colhida apareça nos dados de moagem dos próximos meses.

Exportação de açúcar

Luis Ushirobira/Valor

Algodão

O algodão também encerrou o dia em forte alta. Os contratos da pluma para dezembro, os mais negociados, avançaram 3,12%, a US$ 1,1768 por libra-peso.

“Os papéis subiram principalmente por causa do rali causado pela reconstrução das posições compradas dos fundos”, disse Edivaldo Suzuki, diretor da Unique Commodities.

Segundo ele, o tempo quente em áreas produtoras dos Estados Unidos segue oferecendo suporte às cotações da pluma em Nova York. “Temos uma quebra relevante nos EUA, talvez a maior em 20 anos, que tem afetado o rendimento e a qualidade da produção e levado a atrasos nas exportações”, afirmou.

Café

Depois de cinco altas seguidas, o café arábica recuou na bolsa de Nova York. Os contratos do grão para dezembro encerraram o dia em baixa de 0,58%, a US$ 2,381 por libra-peso.

As preocupações com a safra do Brasil, o principal exportador de café do mundo, sustentaram os preços nos últimos dias. Segundo Haroldo Bonfá, diretor da Pharos, a expectativa de colheita em 2022, que era de 62 milhões de sacas, agora está em 59 milhões.

“A geada de junho antecipou a florada do café, e isso fez com que a maturação das plantas ocorresse mais cedo que o esperado. Agora, os cafezais precisam de chuvas, mas elas devem chegar apenas em setembro”, afirmou. “Isso assusta o mercado, inclusive para a safra 2023”.

Bonfá diz que também existe apreensão com a oferta na Colômbia, segundo maior produtor global de arábica. O país deve colher 12 milhões de sacas neste ano. A previsão anterior era de 14 milhões de sacas.

O diretor da Pharos lembra que o risco de recessão segue no radar dos investidores. “Com a chegada do inverno no Hemisfério Norte, região que domina o consumo global, a recessão econômica pode trazer uma mudança no tipo de café que se consome. Com menos recursos, a população tende a comprar cafés de menor qualidade, como o robusta, o que representa um cenário adverso para o arábica”, disse.

Cacau

O cacau também recuou nesta sexta-feira. O contrato para dezembro, o de maior liquidez na bolsa de Nova York no momento, fechou em queda de 0,17%, a US$ 2.413 por tonelada.

Mazi Uche, funcionário da Associação de Cacau da Nigéria (CAN), informou que dois dos três Estados produtores de cacau do sudeste do país — região responsável por 70% da produção nigeriana da amêndoa — começaram a colher a principal safra da temporada 2022/23, segundo a Dow Jones Newswires.

Na região, a colheita da safra principal, que traz grãos maiores que a safra intermediária, geralmente ocorre entre agosto ou setembro e janeiro ou fevereiro, mas ela pode se estender até março se houver chuvas tardias.

Suco de laranja

No mercado de suco de laranja concentrado e congelado (FCOJ), por fim, os contratos para novembro fecharam o dia em alta de 0,36%, a US$ 1,6370 por libra-peso.

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