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IBGE diz que mais de 80% dos pagamentos atrasados dos recenseadores já foram regularizados e nega falta de recursos


Recenseadores têm registrado demora de mais de duas semanas após a entrega das primeiras etapas do trabalho para receber os valores do instituto e se organizaram para realizar uma greve geral O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou hoje que mais de 80% dos pagamentos atrasados de recenseadores do Censo Demográfico 2022 já foram regularizados e negou que faltem recursos. O instituto atribuiu os atrasos a “dificuldades operacionais e sistêmicas” para cadastrar os contratados e realizar os pagamentos.

Recenseadores têm registrado demora de mais de duas semanas após a entrega das primeiras etapas do trabalho para receber os valores do instituto e se organizaram para realizar uma greve geral no dia 1º de setembro. O prazo de pagamento estava previsto para ocorrer em até cinco dias úteis após a conclusão de cada fase do trabalho.

Há centenas de relatos nas redes sociais de trabalhadores reclamando de falta de pagamentos e foram criados perfis específicos nas redes para convocar para a mobilização no início do próximo mês. Em alguns casos, não foram pagos nem mesmo os valores correspondentes ao período de treinamento dos recenseadores, ainda em julho.

“Não há falta de recursos. No início da operação, o que houve foram dificuldades operacionais e sistêmicas para o cadastramento de todos os contratados e a efetivação do pagamento”, afirmou o IBGE ao Valor, ao ser questionado sobre as razões para o atraso na liberação dos recursos.

O valor de R$ 2,293 bilhões aprovado para o orçamento do Censo Demográfico 2022 é da mesma ordem dos R$ 2,3 bilhões previstos desde 2019, quando foi reduzido de uma estimativa inicial que passava dos R$ 3 bilhões. Assim, o valor nominal se mantém, mas não considera a inflação do período.

O trabalho dos recenseadores é remunerado por produção. Ou seja, eles recebem o pagamento à medida que concluem cada setor censitário, que é a medida de divisão do território para a realização da pesquisa. Em geral, cada setor censitário tem o correspondente a cerca de 300 domicílios. A remuneração varia de acordo com as dificuldades de acesso ou proximidade dos domicílios.

Segundo o IBGE, a grande maioria dos pagamentos já foi regularizada. Os recursos correspondentes aos auxílios do período de treinamento (treinamento, locomoção diárias) já foram — mais de 99% — resolvidos. No caso de pagamento de produção, mais de 80% já foi pago. “O restante está em processamento do pagamento”, informou.

Sobre a convocação de uma greve geral para 1º de setembro, o IBGE afirmou que são mobilizações pontuais, em algumas unidades. “O IBGE vem tratando localmente eventuais insatisfações, buscando atender às demandas dentro de suas possibilidades”, respondeu o instituto ao Valor.

Até agora, já ocorreram 6.550 rescisões de contratos de recenseadores, por diferentes razões. Ao todo, são cerca de 180 mil recenseadores em todo o país para visitar os 75 milhões de domicílios. Para dar conta da demanda, o IBGE continua convocando trabalhadores. Nesta quinta-feira, foi lançado mais um edital de contratação, agora com e 6.514 vagas de recenseador e 251 vagas de agente censitário municipal (ACM) e agente censitário supervisor (ACS), estes últimos supervisores do trabalho.

Recenseador do IBGE

Divulgação

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