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Sudeste voltou a ampliar participação na receita de serviços do país no começo da pandemia, diz IBGE


Fatia da região no total da receita subiu de 63,9% em 2019 para 65,4% em 2020, enquanto a do Nordeste encolheu de 10,2% em 2019 para 9,5% em 2020 O primeiro ano da pandemia interrompeu o processo de maior diversificação das regiões na origem da receita de serviços do Brasil. A região Sudeste voltou a ampliar sua participação em 2020, enquanto o Nordeste perdeu espaço, mostram os dados da Pesquisa Anual de Serviços 2020 (PAS 2020), divulgada nesta quarta-feira (24) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A fatia do Sudeste no total da receita subiu de 63,9% em 2019 para 65,4% em 2020, enquanto a do Nordeste caiu de 10,2% em 2019 para 9,5% em 2020.

A parcela das regiões Centro-Oeste e Sul na receita de serviços também foi reduzida. No caso da primeira, a fatia caiu de 7,7% em 2019 para 7,4% em 2020, enquanto na segunda passou de 15,5% para 15%, respectivamente. Já a região Norte manteve sua participação em 2,6%.

“Ao longo de dez anos, a participação do Sudeste vem caindo em todas as variáveis, com destaque para a receita de serviços. Apesar disso, houve um ganho de participação entre 2019 e 2020. Todas as outras regiões perderam espaço na passagem entre 2019 e 2020, com exceção da região Norte, que se manteve estável. O primeiro ano da pandemia registrou essa dinâmica das regiões”, afirma o analista da pesquisa, Marcelo Miranda.

Para se ter uma ideia desse processo gradual de diversificação ao longo da década, o Sudeste respondia, em 2011, por 66,1% da receita dos serviços no país. Essa fatia vinha caindo até 2019, mas a tendência foi revertida graças à pandemia. Naquele ano de 2011, as participações eram de 14,1% do Sul, 10,2% do Nordeste, 6,8% do Centro-Oeste e 2,8% do Norte.

O movimento observado em 2020 reflete também, segundo Miranda, o perfil das atividades com maior peso nas regiões. Os maiores ganhos do Sudeste vieram da atividade de serviços profissionais, administrativos e complementares, puxado principalmente pelo Estado de São Paulo. Como explica ele, são serviços que se adaptaram melhor ao momento de isolamento social provocado pela pandemia, como escritórios de advocacia e contabilidade, por exemplo. O Nordeste, por outro lado, teve maiores perdas de participação em serviços de alojamento e alimentação, atividades ligadas principalmente ao turismo, setor duramente atingido pelo isolamento social.

“As mesmas atividades de serviços profissionais que afetaram o resultado do Brasil acabaram puxando para cima o desempenho de São Paulo, que é um Estado muito concentrado nesse tipo de atividade. E são atividades que funcionam melhor com o home office. No Nordeste, o peso maior é das atividades presenciais”, diz.

Os maiores ganhos do Sudeste vieram da atividade de serviços profissionais, administrativos e complementares, ou seja, serviços que se adaptaram melhor ao momento de isolamento social provocado pela pandemia

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