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Campos Neto: No Brasil, sempre há incerteza fiscal em troca de governos


"Hoje em dia o risco fiscal reflete a incerteza no futuro", observa o presidente do Banco Central O presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, afirmou nesta terça-feira que, no Brasil, sempre há incerteza fiscal em troca de governos. "Tivemos momentos de taxa de juros mais baixa, quando o fiscal estava muito controlado", disse. "Agora temos o debate sobre qual será a estrutura fiscal que vamos ter, o que acontecerá no próximo ano", ressaltou. "Hoje em dia o risco fiscal reflete a incerteza no futuro", acrescentou.

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Campos reforçou ainda que todo banco central tenta evitar dois erros, de elevar demais os juros, ou de não promover aperto suficiente.

"Um é, depois do ciclo, olhar para trás e perceber que fez [juros] demais, que poderia ter controlado a inflação penalizando menos o país. Esse é um erro que você não quer cometer. O outro é não fazer o suficiente e perceber que a inflação está desancorada e você tem que pagar um custo mais alto. No Brasil, quando pagamos o custo foi uma grande recessão", ressaltou.

Segundo ele, o processo de decisão de política monetária está relacionado à dinâmica do país. "Se seu país é como o Chile, que tem inflação baixa por muito tempo, talvez você tome mais risco e pode esperar um pouco mais pensando que a inflação é temporária", disse.

"No caso do Brasil, temos uma memória inflacionária muito viva. Então estamos tentando evitar o risco de fazer muito pouco e ter que pagar com recessão maior", ponderou.

Billy Boss/Câmara dos Deputados

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