O Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores de São Paulo, caiu 1,8% nesta quinta, 14, e ficou na casa dos 96 mil pontos – o total foi de 96.120 pontos, o menor patamar desde 3 de novembro de 2020, quando terminou em 95.980 pontos. A baixa foi puxada principalmente pelas commodities – os papéis da Vale foram os que mais recuaram no dia, com queda de 6,66%, devido ao recuo de 8,4% no minério de ferro, para US$ 100,25 por tonelada, segundo índice Platts, da S&P Global Commodity Insights, o menor preço em mais de sete meses. A Petrobras também sentiu os efeitos: os papéis ordinários caíram 3,19% e os extraordinários, 2,69%, embora o preço do petróleo tenha se recuperado durante o dia.
A razão para as quedas dos produtos primários é o temor de recessão global, acentuado após a informação de que a inflação nos Estados Unidos continua alta e pode demandar um aumento maior de juros por parte do Federal Reserve (Fed, o Banco Central do país) para conter a subida de preços. Caso a desaceleração econômica se confirme, a demanda das commodities diminuirá, por isso, esse tipo de mercadoria já sofre baixa. No exterior, S&P 500 fechou em queda de 0,30%, aos 3.790 pontos; Dow Jones recuou 0,46%, aos 30.630 pontos e Nasdaq avançou 0,03%, em 11.251 pontos.
Já o dólar teve uma leve alta, de 0,52%, e fechou o dia cotado a R$ 5,43. O câmbio também é afetado pela possibilidade de recessão: os agentes do mercado financeiro buscam segurança em tempos de incertezas, o que afeta moedas de países emergentes como o Brasil e até outras de países desenvolvidos. Além disso, preocupações fiscais no país após a aprovação da ‘PEC das Bondades’ também enfraquecem o real perante a moeda norte-americana. O índice DXY, que mede o comportamento do dólar ante uma cesta de seis moedas de países desenvolvidos, avançava 0,64%, a 108,64 pontos, no exterior.
Fonte: Jovem Pan