A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou nesta terça-feira, 21, um reajuste nas bandeiras tarifárias – que afeta a conta de luz em momentos de escassez hídrica – para o período de 2022-2023. Os aumentos irão entrar em vigor à partir do próximo semestre, em 1º de julho, e os números serão reavaliados apenas no próximo ano. A bandeira verde foi a única que continuará sem cobrança adicional. Já a bandeira amarela sofreu um aumento de 59,5% e passará a ter uma cobrança de R$ 1,874 para R$ 2,989 a cada 100 kWh consumidos. Na bandeira vermelha patamar 1, houve um salto de 63,7% nas cobranças e os valores passarão de R$ 3,971 para R$ 6,500 a cada 100 kWh utilizado. O menor dos aumentos ocorreu na bandeira vermelha 2, que passará a cobrar R$ 9,795 ante os R$ 9,492 para cada 100 kWh consumidos, um aumento de 3,2%.
Os valores aprovados pelo órgão foram maiores do que os apresentados em consulta pública. Na ocasião, foram propostos aumentos de 56% na bandeira amarela e de 57% na vermelha 1, com redução de 2% para a vermelha 2. A Aneel alegou que as alterações foram realizadas em decorrência de acréscimos nos valores de cálculo. Desde o dia 16 de abril, o país vive sob cobrança da bandeira verde quando fora antecipado o fim da bandeira de escassez hídrica e o Brasil passou a não contar com cobranças extras na utilização da energia elétrica. De acordo com o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), a recuperação dos níveis dos reservatórios das usinas hidrelétricas ao longo do ano de 2022 possibilitou ao país retornar para a bandeira verde e nela permanecer até dezembro.
Fonte: Banda B