A população de Massagueira, povoado de Marechal Deodoro, denunciou que um atentado ao sistema de abastecimento causou a falta d'água na localidade nessa semana. Os moradores acreditam que um homem, de nome não divulgado, danificou o cano de forma proposital e provocou o vazamento da água. A BRK, empresa responsável pelo fornecimento na região, já realizou um reparo emergencial na rede de grande diâmetro e disse que vai investigar o suposto ataque.
A concessionária esclareceu também que tomou conhecimento da situação na última terça-feira, 02, após o envio do vídeo gravado por um morador. Nas imagens, o homem mostra a rede danificada com grande volume de água limpa jorrando e fala que a situação teria sido provocada por uma pessoa, que teria utilizado um equipamento não identificado para conseguir quebrar a tubulação e interromper o abastecimento no povoado.
No local, inclusive, não há obras de outras empresas realizadas recentemente ou em andamento, que poderiam ter ocasionado o incidente."É comum que obras de infraestrutura possam atingir, eventualmente, as redes de água ou esgoto. No entanto, quando há incidentes desse tipo, a comunicação das empresas responsáveis por essas obras à BRK, geralmente, é imediata. Neste caso, não fomos acionados por nenhuma empresa e não há registros da ocorrência nos nossos canais de atendimento", explicou Herbert Dantas, diretor operacional da BRK em Alagoas.
De acordo com o gestor, ações como essa agravam os atuais problemas de abastecimento identificados no município de Marechal Deodoro, como a incidência de vazamentos e a limitação da infraestrutura atual do sistema de água na região, que estão sendo levantados em um estudo detalhado desenvolvido pela BRK para nortear os investimentos realizados a partir de 2022.
Apesar de o reparo na tubulação danificada já ter sido prontamente realizado pela concessionária no mesmo dia em que o vídeo foi enviado pelo morador, a recuperação do sistema de distribuição é gradativa e, por isso, o fornecimento de água começará a ser normalizado a partir desta quinta-feira (4).
A BRK disse que vai tomar as providências legais para a apuração do caso, já que se trata de atentado contra o funcionamento de serviço de utilidade pública – crime previsto no Artigo 265 do Código Penal, passível de reclusão de um a cinco anos e multa.