O Brasil superou a marca de meio milhão de mortos em decorrência da Covid-19 neste sábado, 19. Segundo o Conselho Nacional de Secretários da Saúde (Conass), no total, são 500.800 óbitos causados pelo novo coronavírus desde a chegada da pandemia no país, em março de 2020. Diante do número, integrantes da CPI da Covid-19 divulgaram uma nota na qual “transmitem os mais profundos sentimentos” ao país. “Nessa data dolorosamente trágica, transmitimos os mais profundos sentimentos ao país. Temos consciência que nenhuma palavra é suficiente para consolar e superar a dor das perdas de nossas famílias. São 500 mil sonhos interrompidos, 500 mil vidas ceifadas precocemente, 500 mil planos, desejos e projetos. Meio milhão de vidas que poderiam ter sido poupadas com bom-senso, escolhas acertadas e respeito à ciência”, registra o documento.
Assinam a nota o presidente da CPI, senador Omar Aziz (PSD), o vice-presidente Randolfe Rodrigues (Rede), e o relator Renan Calheiros (MDB). Além dos nomes que integram a alta cúpula da comissão, o documento também têm a assinatura dos senadores Tasso Jereissati (PSDB), Otto Alencar (PSD), Eduardo Braga (MDB), Humberto Costa (PT), Alessandro Vieira (Cidadania), Rogério Carvalho (PT) e Eliziane Gama (Cidadania). “Asseguramos que os responsáveis pagarão por seus erros, omissões, desprezos e deboches. Não chegamos a esse quadro devastador, desumano, por acaso. Há culpados e eles, no que depender da CPI, serão punidos exemplarmente. Os crimes contra a humanidade, os morticínios e os genocídios não se apagam, nem prescrevem. Eles se eternizam e, antes da justiça Divina, se encontrarão com a justiça dos homens”, conclui a nota.
Outras autoridades também se manifestaram sobre os mortos pela Covid-19. O ex-ministro Luiz Henrique Mandetta, que esteve à frente do Ministério da Saúde quando os primeiros diagnósticos foram registrados no país, usou as redes sociais para se posicionar. “É dor demais. A ausência de liderança não apenas provocou uma tragédia muito maior do que deveria ser, como já prepara a ressaca futura”, publicou. Assim que Mandetta deixou o governo, seu cargo foi ocupado por Nelson Teich. O segundo ex-titular da pasta analisou que o número de óbitos “retrata o quanto precisamos melhorar a eficiência do combate à Covid-19 e do sistema de saúde como um todo”. Ocupante do cargo atualmente, o ministro Marcelo Queiroga ponderou que está “trabalhando incansavelmente para vacinar todos os brasileiros no menor tempo possível”.
À frente do combate contra a Covid-19 em São Paulo, o governador João Doria (PSDB) registrou que a quantidade de vítimas fatais constitui “a mais triste marca da história do país”. “Um sentimento de vazio e indignação invade meu coração. É inadmissível perdermos pessoas para um vírus sabendo que já havia uma vacina. Morreram por descaso”, completou o tucano em nota. Já o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PSD), ponderou que a marca não trata-se de números, mas “histórias de vida que se perderam”. O governador do Maranhão, Flávio Dino, decretou luto oficial de três dias no estado devido ao meio milhão de óbitos. O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) não se manifestou sobre as mortes.
Confira a repercussão:
Meio milhão de mortos. É dor demais. A ausência de liderança não apenas provocou uma tragédia muito maior do que deveria ser, como já prepara a ressaca futura. Deveríamos estar planejando o pós-vacina e a reparação da sociedade, em todas as áreas atingidas. Mas seguimos à deriva
— Henrique Mandetta (@lhmandetta) June 19, 2021
Deixo aqui uma mensagem de carinho e respeito para as famílias dos mais de 500 mil brasileiros que morreram pela Covid-19. Esse número retrata o quanto precisamos melhorar a eficiência do combate à Covid-19 e do sistema de saúde como um todo.
— Nelson Teich (@TeichNelson) June 19, 2021
500 mil vidas perdidas pela pandemia que afeta o nosso Brasil e todo o mundo.Trabalho incansavelmente para vacinar todos os brasileiros no menor tempo possível e mudar esse cenário que nos assola há mais de um ano.
— Marcelo Queiroga (@mqueiroga2) June 19, 2021
— João Doria (@jdoriajr) June 19, 2021
Meus sentimentos a cada um dos conhecidos, amigos ou familiares das 500 mil pessoas mortas no Brasil pela Covid-19. Não são números, são histórias de vida que se perderam. Meu compromisso de continuar trabalhando muito para superarmos esse momento e de lutar pela vida de todos
— Eduardo Paes (@eduardopaes) June 19, 2021
O desvairado que falou em “gripezinha” deveria pedir desculpas e ser punido. Mas é uma questão de tempo. O encontro dele com os Tribunais é inevitável. Indignação profunda com esse desastre nacional: 5?0?0?.0?0?0? vidas. Segue o Decreto de LUTO OFICIAL no território estadual >> pic.twitter.com/dgrdZpMytr
— Flávio Dino (@FlavioDino) June 19, 2021
Fonte: Jovem Pan