STF marca para dia 17 julgamento de ações sobre plano do governo para vacina contra Covid

STF marca para dia 17 julgamento de ações sobre plano do governo para vacina contra Covid

O Supremo Tribunal Federal interrompeu o julgamento sobre o plano de vacinação do governo federal contra a Covid-19 nessa sexta-feira, 5. A ação, protocolada pelos partidos Cidadania, PSOL, PT, PC do B e PSDB, questiona se o governo deve apresentar um planejamento para imunizar a população. Ela é analisada pelo plenário virtual, espaço no qual cada ministro apenas insere o voto no sistema. O adiamento foi um pedido do presidente da Corte, ministro Luiz Fux. O relator do caso, ministro Ricardo Lewandowski, votou a favor de que o governo federal apresente um plano de vacinação, com estratégias delineadas para a oferta de vacinas contra o coronavírus. Segundo o ministro, o Ministério da Saúde teria até o dia 24 de dezembro para anunciar as medidas.

Na última terça-feira, o Ministério da Saúde apresentou um plano preliminar, ainda sem um cronograma detalhado ou datas de vacinação. Ele é dividido em quatro fases. Em cada uma delas, um grupo de risco seria vacinado, como idosos, pessoas com comorbidades e profissionais de saúde, educação e segurança pública. A escolha do imunizante segue sendo motivo de discussões entre governos e especialistas. Em uma live com o advogado e jornalista Paulo Roque nesta sexta, o vice-presidente Hamilton Mourão disse não ver qualquer impeditivo em relação à Coronavac, desenvolvida pela farmacêutica chinesa Sinovac em parceria com o Instituto Butantan. “Eu tomo qualquer vacina, não tem problema nenhum, desde que seja certificada pela Anvisa, a Anvisa certificando a vacina, eu estou pronto para tomar, até porque eu tenho 67 anos de idade, eu faço parte do grupo de risco”, lembrou.

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Ele lamentou, ainda, a politização do enfrentamento à pandemia. “Houve uma paixonite política em cima disso, né? E desde os aspectos mais simples, isolamento total a isolamento vertical, hidroxicloroquina, não é hidroxicloroquina, por vacina da China, não é vacina da China… Foi algo totalmente desproporcional e, vamos dizer assim, ineficaz e prejudicial às necessidades que o país tinha”, afirmou. No momento, o governo federal tem garantidas 142 milhões de doses de vacinas contra a Covid-19. Dados mais recentes divulgados pelo Ministério da Saúde mostram que, do início da pandemia até agora, 175,9 mil pessoas morreram com a doença no Brasil.

*Com informações do repórter Levy Guimarães