A Polícia Civil de Alagoas, por meio da Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (DEAM), coordenada pela delegada Ana Luiza Nogueira, apresentou um levantamento sobre crimes de violência doméstica registrados no estado em 2024. Os dados, fornecidos pela Seção de Estatística e Análise Criminal (SEAC) da Polícia Civil, apontam para um aumento na conscientização das mulheres quanto à necessidade de recorrer aos órgãos de segurança sempre que se sentirem ameaçadas.
De acordo com o levantamento, o número de medidas protetivas de urgência solicitadas cresceu 24% em comparação a 2023. Em 2024 foram requeridas 7.226 medidas protetivas, frente a 5.832 no ano anterior. Somente em Maceió, o aumento foi de 13%, com 3.509 pedidos registrados em 2024.
"Esse crescimento reflete maior conscientização da sociedade sobre o combate à violência doméstica e maior confiança no trabalho das forças de segurança. A violência doméstica é uma realidade que não podemos ignorar. O aumento nos pedidos de medidas protetivas e nas prisões mostra que estamos intensificando nossas ações e que a sociedade está mais engajada. Seguiremos firmes no combate a esse crime, garantindo proteção e justiça para as mulheres de Alagoas", destacou a delegada Ana Luiza.
Outro dado que evidencia a intensificação das ações policiais é o aumento de prisões de agressores de mulheres. Ao todo, 2.293 agressores foram detidos no estado em 2024, sendo 728 somente em Maceió, representando um aumento de 27% na capital. A repressão aos crimes de violência de gênero tem sido uma prioridade para a Polícia Civil, resultando em ações mais eficazes e na redução da impunidade.
Entre os crimes de violência doméstica mais registrados estão: ameaça (37%), lesão corporal (21%) e injúria (8%). Os bairros de Maceió com maior número de ocorrências são: Cidade Universitária (14%), Benedito Bentes (11%), Jacintinho (7%) e Tabuleiro dos Martins (6%).