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Literatura brasileira se despede de Marina Colasanti

Baixar Tocar Morreu nesta terça-feira (28), aos 87 anos, no Rio de Janeiro, a escritora Marina Colasanti, um dos grandes nomes da literatura infantojuvenil brasileira.

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Morreu nesta terça-feira (28), aos 87 anos, no Rio de Janeiro, a escritora Marina Colasanti, um dos grandes nomes da literatura infantojuvenil brasileira. Autora de mais de 70 livros, traduzida em vários países e também ilustradora de muitas de suas obras, a autora destacou-se pela presença de protagonistas femininas em seus livros, além da crítica social e uso do realismo fantástico e de elementos referentes aos contos de fadas.

Considerada um dos grandes nomes da literatura brasileira dos séculos 20 e 21, Marina também foi jornalista, artista plástica, tradutora, cronista, ensaísta e poeta.

No programa Trilha de Letras, da TV Brasil, a escritora falou sobre o início na poesia.

"Eu fui muito alimentada com poesia na infância. Mas era tanta reverência que eu não me atrevia. Me atrevi quando era criança, fazia poemas na juventude, adolescente, depois não mais. E ainda por cima casei com um poeta, Affonso Romano de Sant'Anna, o que segurou ainda mais esse veio, não quero sequer chamar de talento, um veio. Mas quando a poesia bateu na minha porta, eu estava pronta e tive só que abrir".

A jornalista e escritora Eliana Alves Cruz, atual apresentadora do programa, destaca a importância de Marina.

"A literatura brasileira perde hoje um nome muito importante, uma pessoa muito emblemática, principalmente para as mulheres que escrevem, para as mulheres, para o pensamento feminino brasileiro. Marina Colasanti ela inspirou muitas gerações. Fica uma obra e um legado inestimável para o Brasil".

Marina nasceu em 1937, na cidade de Asmara, na Eritreia. Depois viveu na Líbia e na Itália, mudando-se em 1948 com a família para o Brasil, onde morou o resto da vida, no Rio de Janeiro.

Pela extensão de sua obra, recebeu diversos prêmios, como o Grande Prêmio da Crítica da APCA, Melhor Livro do Ano da Câmara Brasileira do Livro, Prêmio da Biblioteca Nacional para poesia e Prêmio Portugal Telecom de Literatura.

Em 2024, a Câmara Brasileira do Livro a elegeu como a Personalidade Literária da 66ª edição do Prêmio Jabuti. Também foi finalista do Prêmio Hans Christian Andersen 2024, a mais importante distinção da literatura infantil no mundo. E em 2023, venceu o Prêmio Machado de Assis, considerado um dos mais importantes prêmios literários do país, concedido pela Academia Brasileira de Letras a nomes que se destacam pelo conjunto da obra.

Seu primeiro livro, Eu sozinha, foi publicado em 1968. Desde então, Marina não parou de escrever. Seus livros ganharam destaque e são objeto de inúmeras teses e trabalhos acadêmicos.

Nas redes sociais, a Fundação José Saramago, a Biblioteca Nacional e a Academia Brasileira de Letras lamentaram a morte de Marina e ressaltaram a potência de suas obras.

O escritor Valter Hugo Mãe descreveu Marina como uma das mais importantes vozes da literatura infantojuvenil em língua portuguesa.

O presidente Lula destacou que a artista construiu uma obra literária que cativou diferentes gerações de brasileiros de todas as idades.

A causa da morte não foi divulgada. O velório será restrito aos parentes e amigos e acontecerá no salão nobre da Escola de Artes Visuais do Parque Lage, nesta quarta-feira.

Marina era casada com o poeta Affonso Romano de Sant'Anna e deixa duas filhas.

© Natalia Fregoso/Feira Internacional do Livro de Guadalajara

Cultura Escritora é um dos principais nomes da literatura infantojuvenil Rio de Janeiro 28/01/2025 - 16:24 Fábio Cardoso / Fran de Paula Carolina Pessoa - repórter da Rádio Nacional Marina Colasanti Literatura Infantojuvenil literatura terça-feira, 28 Janeiro, 2025 - 16:24 3:37

Fonte: Agência Brasil

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