Todos os anos, mais de 43 mil crianças e adolescentes de até 17 anos ficam órfãos de pelo menos um de seus pais. Esses dados são de um levantamento inédito dos Cartórios de Registro Civil do país, com abrangência no período entre 2021 e 2024.
O diretor da Associação dos Notários e Registradores do Ceará, Jacks Filho, explica que esses números são obtidos por meio de uma central nacional, abastecida por cartórios de registro civil.
"A gente consegue observar, quando uma pessoa morre, quem são os filhos daquela pessoa e se aquela pessoa, aquele filho, criança ou adolescente até 17 anos, ainda tem um dos pais vivos ou se morreu o segundo pai ou morreram os dois pais, aquela criança é órfã. E a partir disso é possível que o estado possa atuar com políticas públicas de proteção aquela criança ou adolescente que passou a ter apenas um genitor ou nenhum genitor".
Jacks Filho acrescenta que a categoria órfão, portanto, vai além das crianças que estão em serviços de acolhimento.
"Então quando a gente fala de orfandade, a gente não tá falando apenas daquela criança que é abandonada e vai para um orfanato, não, a gente tá falando também de crianças que são registradas em nome de um pai de uma mãe, de dois pais de duas mães, e um deles vem a falecer, ou os dois".
São Paulo é o estado que mais registra órfãos no Brasil, seguido pela Bahia, Rio de Janeiro e Minas Gerais. Ainda de acordo com o levantamento, a covid-19 deixou, desde 2019, 13.808 crianças órfãs de pelo menos um de seus pais em todo o Brasil.
Direitos Humanos O levantamento foi feito pelos Cartórios de Registro Civil Brasília 14/01/2025 - 17:20 Daniel Ito / Beatriz Arcoverde Carolina Pessoa - Repórter da Rádio Nacional órfãos orfandade proteção de crianças terça-feira, 14 Janeiro, 2025 - 17:20 1:35Agência Brasil